quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

não é apenas a inscícia!

Terminou 2017 e, lembrando a nostalgia do poema ‘Morre sem foguete/Sem retrato e sem bilhete/Sem luar, sem violão”. Não quero lembrar a cançao Último desejo, de Noel Rosa, numa seresta na Lapa, mas recordando o otimismo de 2017 quando a maioria acreditava no “tempo de alegria” do prefeito que anunciava que iria iniciar uma nova gestão cuidando de Ilhéus.
Ao Diário de Ilhéus ,o prefeito que seria empossado afirmou “não sou o ‘salvador da pátria’ mas estou com muito otimismo para ver a cidade sair desse caos que se vive”. 
Que lástima! 
A cidade está muito pior. Falta comando, falta gestão, falta à pegada do governante. Uma simples poda de árvores se torna fonte de aborrecimento para os moradores porque os restos não foram retirados e exige que o povo grite aos palavrões cada vez que os seus assessores passavam pelo local até culminar com a passagem do próprio alcaide. 
Falta cuidado e a falta de cuidado abre as portas da irresponsabilidade do descaso para com a coisa publica como limpar uma rua e o entulho ser jogado numa encosta nas proximidades do viaduto Catalão.
No final do ano passado o prefeito admitia que o sofrimento do povo é a saúde e afirmou: “ tenho dito que a gente se comprometeu (Prefeito e Vice ) não foi com grandes obras. Nos comprometemos durante a campanha em cuidar da cidade. Nosso lema foi: Vamos cuidar de Ilhéus. Vamos cuidar de Ilhéus na saúde, na educação. O que o povo me pediu durante a campanha, principalmente na periferia e nos lugares mais distantes? Me pediu médico, medicação, uma atenção básica fortalecida, humanização do servidor e dos serviços, merenda escolar de qualidade para que a agente possa levantar alto-estima do nosso povo.” 
O simpático e risonho prefeito se esqueceu das promessas inseridas na retórica eleitoral. O povo está sofrendo mais do que sofria no passado porque a rede de atendimento básico está muito pior do que ele encontrou. Na área de educação, os resultados vão mostrar a inaptidão gerencial e pedagógica.
“Precisamos de uma estrutura onde o aluno e o professor possam trabalhar com tranquilidade e felicidade e gostar de trabalhar naquele local que hoje são totalmente insalubres. Temos o diagnóstico de várias escolas com sérios problemas. Precisamos é arrumar a nossa cidade. Na verdade o que a gente se comprometeu foi ampliar e melhorar a atenção básica em todos os setores do município.”
Nem uma coisa nem outra. 
O Prefeito pediu um tempo, disse que precisava tomar pé e necessitava de cem dias. Iria fazer um diagnóstico do município. Que estava preparando a equipe para ver a real situação administrativa da cidade para, a partir daí, começar a dar as medicações necessárias. Um ano se passou e o que assistimos é um governo anoréxico.
É lamentável.
Os munícipes esperavam que Ilhéus, nesta gestão, fosse preparada para os ilheenses e para os visitantes. Que seriam reensinados a gostar se ser ilheense. O deficiente visual, o cadeirante, continua sem conseguir circular nas ruas da cidade. As calçadas continuam desniveladas lotadas de cadeiras ou de carros velhos, de entulhos de construções etc.
Essas ações não dependem de orçamento. Dependem do cumprimento as leis vigentes. E para que as leis possam valer de fato e direito é preciso abrir mão dos privilégios dos amigos ricos, daqueles próximos ao poder. 
Portanto, não é apenas a inscícia. Gestão não se faz a base da troca de favores ou de interesses futuros. É feita com metas, com resultados e uma equipe competente.

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