Itabuna, no sul do Bahia, e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), estão entre as dez cidades que mais matam adolescentes no país. Os dados são de um estudo coordenado da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que investiga o IHA (Índice de Homicídios na Adolescência).
Segundo a pesquisa, publicada pelo UOL, Itabuna tem IHA de 11,88 para cada grupo de mil jovens entre 12 e 18 anos de idade. A cidade do sul baiano saltou de 24 mortes esperadas em 2013, para 37 em 2014, último ano de referência da pesquisa. Já Camaçari é o quarto município com mais risco de morte para adolescentes, com IHA de 10,64. Segundo os autores da pesquisa, “uma sociedade não violenta deveria apresentar valores não muito distantes de zero e, certamente, inferiores a 1”. Para ter ideia dos índices das duas cidades baianas, o estudo considerou grave o índice brasileiro, de IHA de 3,65 jovens assassinados em cada grupo de mil. A pesquisa é feita em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos do Brasil, o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Das cinco unidades da federação com índice mais alto, quatro
são do Nordeste: Ceará (8,71), Alagoas (8,18), Bahia (7,46) e Rio Grande do
Norte (7,40). Somente uma é do Sudeste: Espírito Santo (7,79), que ocupa a
terceira posição
Além dos Estados, os municípios nordestinos também lideram o
ranking das cidades com mais de 200 mil habitantes. Apesar da lista de locais
mais violentos ser encabeçada por Serra (ES), a Bahia foi o Estado que
apresentou mais cidades entre as 20 com maior risco: Itabuna, Camaçari, Vitória
da Conquista, Feira de Santana e Salvador.
Entre as capitais, Fortaleza e Maceió apresentaram os piores
índices: 10,94 e 9,37 mortes por grupo de mil, respectivamente. Entre as dez
capitais mais violentas para jovens, sete são do Nordeste
O estudo aponta para uma tendência geral de aumento na
maioria das regiões metropolitanas. "Com destaque, as regiões
metropolitanas de Grande São Luís, Natal, Fortaleza, Salvador e Maceió
registram uma tendência crescente, com alguns raros pontos de declínio."
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