terça-feira, 3 de maio de 2016

Ilhéus realizou debate sobre complicações neurológicas do zika vírus e microcefalia


Iniciativa buscou atualizar profissionais de saúde e manter mulheres grávidas a par das informações relativas ao problema e lotou o auditório da Faculdade Madre Thaís.
Um público formado por técnicos das secretarias de Saúde de Ilhéus e de vários municípios, professores e estudantes dos cursos de medicina, enfermagem, biomedicina e fisioterapia de instituições de ensino superior da região, além da comunidade, lotou o auditório da Faculdade Madre Thaís, situado na avenida, centro, para assistir palestras sobre microcefalia. O evento, que aconteceu na tarde da última sexta-feira, 29, contou com explanações do neurologista Ailton Melo, da Faculdade de Medicina da Bahia, e de especialistas do Centro de Diagnóstico e Reabilitação, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), além da presença do secretário de Saúde, Antonio Ocké, e do provedor da Santa Casa de Ilhéus, Eusinio Lavigne.
Com linguagem de fácil entendimento, as palestras discorreram sobre complicações neurológicas ocasionadas pelo zika vírus, epidemia, diagnóstico, aborto espontâneo, cuidados especiais ao amamentar criança com microcefalia (evitar que se engasgue), e com a audição delas que é sensível, acompanhamento permanente com técnicos em pediatria e fisioterapia, dentre outros assuntos.
O neurologista Ailton Melo, durante sua explanação, destacou que a microcefalia impede o crescimento do cérebro, o que causa, inclusive, problemas no sistema nervoso. A seu ver, por conta do vírus, algumas gestantes com fetos com microcefalia podem sofrer aborto espontâneo. Do ponto de vista científico, ainda não existe tratamento para impedir o avanço da doença.
Ainda de acordo com o neurologista, o Ministério da Saúde orienta que as gestantes continuem adotando medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti em casa ou no trabalho. Citou por exemplo que é necessário eliminar criadouros, se proteger da exposição ao mosquito, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para grávidas.

Por sua vez, o secretário de Saúde de Ilhéus, Antonio Ocké, disse que as palestras foram de fundamental importância para tirar dúvidas sobre microcefalia, uma vez que o município de Ilhéus e o país vivenciam o problema. “Quando não leva à morte, deixa a criança com sequelas graves que limitarão sua capacidade funcional. E por isso que o prefeito Jabes Ribeiro está preocupado com essa problemática de interesse público e de imenso desafio para a saúde pública”.
Além do neurologista Ailton Melo, os palestrantes foram os fisioterapeutas Nildo Ribeiro Filho e Adriana Faissal, e a fonoaudióloga Kayra de Souza. O Centro de Diagnóstico e Reabilitação da Universidade Federal da Bahia é considerado atualmente como referência para casos de microcefalia, em Salvador. Os técnicos trouxeram informações atualizadas no sentido de contribuir com o treinamento de pessoal e fomentar a criação de estabelecimentos de saúde ao portador de microcefalia no interior da Bahia.

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