quarta-feira, 11 de maio de 2016

Emasa faz balanço na Câmara e avalia decisão da Justiça sobre o abatimento nos valores das contas de água

A maior crise hídrica enfrentada pelo município nos últimos anos tem sido tema de constantes Sessões Especiais na Câmara de Vereadores de Itabuna. Nessa segunda-feira, 9, representantes da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) novamente estiveram na sede do Poder Legislativo para descrever as ações e a atual situação de distribuição de água na cidade. A sessão foi requerida pelo vereador César Brandão e contou com a presença do presidente da Emasa, Ricardo Campos, do diretor financeiro, David Pires e do diretor Administrativo, Geraldo Dantas.
Durante as três horas de discussões, a empresa informou detalhadamente as ações que vêm sendo realizadas para manter a distribuição, mesmo com a grave redução dos 90% da captação de água na cidade. Hoje, a Estação de Castelo Novo, que antes era fonte de captação alternativa, se tornou a principal para o município, conforme relatou a Emasa.
Além das ações como a aquisição de tanques comunitários, transporte de água de São José da Vitória e da estação de tratamento de Ubaitaba, a empresa afirma que está trabalhando para ampliar a captação dos atuais 350 litros por segundo para 550, na Estação de Castelo Novo. Com o aumento de 200 litros por segundo haverá a redução do intervalo do abastecimento nos bairros. Também foi iniciada no município, por meio do Governo do Estado, a perfuração de 13 poços artesianos.
Ação movida pelo MP- “Essa ação decreta um estado de falência da empresa”. Assim avaliou Ricardo Campos sobre a decisão liminar concedida pela Justiça contra a Emasa e o Município, em atendimento a um pedido formulado pelo Ministério Público Estadual (MP-BA). A decisão prevê o abatimento dos valores das contas de água em 60%, de maneira que o consumidor pague apenas 40% do valor da fatura até que se restabeleça o fornecimento de água potável na cidade.
O abatimento, segundo a decisão, deve incidir também sobre os valores já pagos desde dezembro do ano passado. “Essa é uma proposta muito difícil de ser cumprida, pois compromete a sustentabilidade econômica e financeira da Emasa. Com isso, a empresa não cumpriria suas atividades por falta de recursos”, resumiu o presidente. Ainda segundo ele, a Emasa já recorreu da decisão. “Se formos cumprir essa determinação, a arrecadação desceria vertiginosamente”, reiterou David Pires.

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