terça-feira, 3 de novembro de 2015

Confiança do empresariado baiano atinge seu pior nível em outubro

A Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano vem identificando pessimismo considerável da classe empresarial do estado nos últimos meses. Em outubro, o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), registrou o maior nível de pessimismo da série.
Após o alívio observado no mês passado, a confiança do empresariado baiano volta a cair e outubro registra a mínima histórica. O ICEB marcou -481 pontos neste mês, ante o registro de -467 em setembro – piora de 14 pontos de um mês ao outro. Assim, a expectativa geral do empresariado baiano permanece, desde outubro último, na zona de Pessimismo. Os meses de junho, julho, agosto, setembro e outubro deste ano apresentaram os cinco piores registros da série do ICEB.
O recuo do nível de confiança observado neste mês, no entanto, não foi disseminado setorialmente, já que somente o setor de Serviços elevou o pessimismo. Em outubro, os setores de Agropecuária, Indústria e Comércio situaram-se na região de Pessimismo dentro da escala de otimismo e Serviços, na de Grande Pessimismo.
A Agropecuária, com -312 pontos, demonstrou melhora da confiança após três quedas consecutivas e, assim, manteve-se o menos pessimista dos segmentos, mesmo com seu indicador assumindo o segundo pior valor de sua série. A Indústria, pelo terceiro mês seguido, apontou redução em seu nível de pessimismo, registrando a maior variação positiva entre os setores e pontuando -374 pontos neste mês. Com o único recuo no mês, Serviços continua o setor mais pessimista – registrando -554 pontos em outubro, o menor valor em sua série. O setor de Comércio registrou -481 pontos e interrompeu, após cinco meses seguidos, a queda em seu nível de confiança – fincando, neste mês, o segundo menor valor no intervalo de janeiro a outubro.
No mês de outubro, tanto a expectativa referente ao cenário econômico quanto a relacionada à performance das empresas retrocederam, com esta recuando menos – o que ampliou a distância entre seus indicadores e contribuiu para assentar a confiança, quanto às variáveis econômicas, como a mais pessimista.
O indicador de confiança, para as variáveis econômicas, registrou, em outubro, o segundo menor valor desde janeiro deste ano. Com -570 pontos, decréscimo de 36 pontos em relação ao mês antecedente (-534 pontos), as expectativas quanto ao cenário econômico se aprofundaram na zona deGrande Pessimismo. A piora da percepção, nesse recorte, ocorreu em dois dos quatro setores investigados: Serviços e Comércio.
O indicador para desempenho das empresas marcou -437 pontos em outubro, redução de 4 pontos frente ao registro do mês anterior (-433 pontos), permanecendo, portanto, na faixa de Pessimismo. De janeiro para cá, esta foi a terceira pior pontuação. A piora da confiança de um mês a outro ocorreu em apenas um dos segmentos analisados: o setor de Serviços.
Em outubro, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações negativas. PIB Nacional e Crédito foram as variáveis com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar de negativos, Câmbio e Exportação foram aquelas com indicadores de confiança menos pessimistas. Pela sondagem, 62,5% dos entrevistados indicaram redução igual ou superior a 1% do PIB Nacional; 47,7% apostam que o Crédito não estará atrativo no futuro; 35,4% apontaram o Câmbio como desfavorável nos próximos trinta dias; e 45,8% dos representantes patronais esperam aumento das exportações.

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