quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Secretaria de Saúde de Ilhéus orienta moradores para o perigo da leptospirose



Em caso do aparecimento dos sintomas da doença, o cidadão deve procurar imediatamente o Centro de Saúde mais próximo de sua residência. Se for diagnosticada a leptospirose, o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alerta a população sobre o perigo da leptospirose, que é uma infecção aguda, potencialmente grave, causada por uma bactéria do gênero leptospira, transmitida aos seres humanos por animais de diferentes espécies (roedores, suínos, caninos, bovinos). O contágio se dá pelo contato direto com a urina dos animais infectados ou pela exposição à água contaminada, principalmente no período chuvoso. ´´Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à agua e à lama, podendo provocar a infecção dos cidadãos que permanecerem em ambientes infectados´´ alerta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesau, Luíza Maron Pereira.
Conforme explica a coordenadora, os sintomas mais frequentes da leptospirose são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. É comum a pessoa contaminada apresentar febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), além da ocorrência de vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece a icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos). Luíza Maron destaca que há a necessidade de cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. ´´O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte´´.
Luíza Maron Pereira ressalta que em caso do aparecimento de algum desses sintomas, o cidadão deve procurar imediatamente o Centro de Saúde mais próximo de sua residência. Se for diagnosticada a doença, o tratamento é baseado no uso de medicamentos e outras medidas de suporte, orientado sempre por um médico, de acordo com os sintomas apresentados. Os casos leves podem ser tratados em ambulatório, mas os casos graves precisam ser internados. A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.
Controle – Para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas habitações humanas e o combate aos ratos. Dentre as medidas de combate aos ratos, deve-se destacar o acondicionamento e destino adequado do lixo e o armazenamento apropriado de alimentos.
A desinfecção de caixas d´água e sua completa vedação são ações preventivas que devem ser tomadas periodicamente. As medidas de desratização consistem na eliminação direta dos roedores através do uso de raticidas e devem ser realizadas por equipes técnicas devidamente capacitadas. A leptospirose é uma doença curável, para a qual o diagnóstico e o tratamento precoces são as melhores soluções.
A bactéria do gênero leptospira pode sobreviver indefinidamente nos rins dos animais infectados sem provocar nenhum sintoma e, no meio ambiente, por até seis meses depois de ter sido excretada pela urina. Os ratos urbanos (ratazanas, ratos de telhado e camundongos) são os principais transmissores da doença e o número de casos aumenta na estação das chuvas, por causa das enchentes e inundações. ´´Infelizmente, o risco não desaparece depois que o nível das águas baixa, pois a bactéria continua ativa nos resíduos úmidos durante bastante tempo´´, considera Luíza Maron Pereira.

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