terça-feira, 10 de junho de 2014

Convenções partidárias para definir candidatos começam nesta terça-feira

PMDB deve oficializar coligação com PT e lançar Temer como candidato à reeleição ao lado da presidente Dilma Rousseff 
Começa nesta terça-feira (10) e vai até o dia 30 de junho o prazo que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dá para que os partidos realizem convenções nacionais e definam quais serão os candidatos e as coligações que vão disputar as eleições em outubro. 
Os partidos precisam definir os candidatos à presidência, aos governos estaduais, além de concorrentes para o Senado e para a Câmara dos Deputados.
Com isso, até o fim deste mês o cenário das eleições em 2014 deve estar definido.
O PMDB saiu na frente e decidiu realizar a sua convenção logo no primeiro dia do prazo. Nesta terça-feira, a direção nacional do partido e os correligionários se reúnem, em Brasília, para sacramentar a coligação com o PT e o vice-presidente da República, Michel Temer, na chapa da presidente Dilma Rousseff.
Dilma deve participar da reunião do PMDB e, apesar da convenção do PT estar marcada para o dia 21 de junho, já é certo que ela será a candidata petista à reeleição. Antes de marcar presença na convenção do maior partido da base aliada, Dilma também vai comparecer à convenção do PDT – legenda que também faz parte da base de apoio à sua candidatura e deve reafirmar seu apoio também nesta terça.
Sem surpresas
As convenções são usadas para que os partidos reúnam seus filiados e escolham qual, entre os indicados, devem ser os candidatos da legenda para disputar um cargo eletivo.
Apesar do sistema de votação, o resultado nunca é surpreendente. O partido chega na convenção alinhado e com os nomes, principalmente para presidência da República, definidos.
Por isso, no Brasil, as convenções funcionam mais como um rito protocolar, para referendar as candidaturas frente ao TSE. Dificilmente ocorre o que os políticos chamam de “bate-chapa”: um nome que decide concorrer, mesmo sem o aval da da maioria.
De acordo com o cientista político da UnB (Universidade de Brasília) João Paulo Peixoto é bom para o partido que não ocorram surpresas nas convenções. Segundo o especialista, é normal que nem todos os correligionários concordem com o nome escolhido, mas a legenda precisa estar unida na disputa eleitoral.
— É muito ruim para o partido ir para convecção divido. Tudo bem que não haja concordância geral com o nome, mas que isso fique nos bastidores. Toda divisão enfraquece. Se você tem um partido que chega a uma convenção para escolher candidato divido, não é bom.
O professor analisa que, até o momento, nenhum partido deu sinais de divisão e os anunciados como pré-candidatos à presidência da República devem mesmo se confirmar como nomes oficiais para a disputa.
A convenção do PSDB, marcada para o próximo sábado (14), deve confirmar o nome do presidente do partido e senador Aécio Neves (MG) como candidato tucano para a disputa presidencial, apesar da turbulencia inicial com o grupo que defendia José Serra para o cargo. A expectativa, agora, está na escolha do vice, que ainda não tem um nome definido.
O PSB também vai confirmar Eduardo Campos como candidato a presidente da República e Marina Silva como vice para as eleições de outubro. A convenção nacional dos socialistas está marcada para o dia 28 de junho.
Ainda na disputa pela cadeira de presidente do Brasil, o PSOL deve confirmar o senador Randolfe Rodrigues (AP) como candidato na convenção nacional do partido, marcada para o dia 21 de junho

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