quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Suspeito de acender rojão que matou cinegrafista no Rio é preso em Feira de Santana, na Bahia



Polícia Civil divulgou duas fotos de Caio Silva de Souza, principal suspeito de matar cinegrafista da BandFoto: Polícia Civil / Divulgação
Caio Silva de Souza, suspeito de ter provocado a morte do cinegrafista Santiago Andrade durante ato contra o aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro, na semana passada, foi preso na madrugada desta quarta-feira em uma pousada na cidade de Feira de Santana, na Bahia.
Ele foi preso pelo delegado que investiga o caso, Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão), do Rio de Janeiro. O suspeito foi encontrado sozinho e não reagiu. Caio, 23 anos, chegou ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, por volta de 8h45. De lá, ele foi levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, onde deverá ser apresentado.​
Hergleidson de Jesus Moreira, recepcionista da pousada, afirmou que Souza havia se hospedado nessa terça-feira no período da tarde, com o nome de Vinícius Marcos de Castro. Como não estava trabalhando nesse horário, Moreira não sabe se o suspeito usou algum documento para se registrar.saiba mais.
Por volta de 2h do horário local (3h de Brasília), o recepcionista contou que chegaram à pousada quatro policiais civis, acompanhados do advogado e da namorada do suspeito. Após ela conversar com Caio, ele deixou o quarto acompanhado por dois policiais civis. Moreira disse que só descobriu quem era o então hóspede após fazer uma pesquisa na internet.
Foi o próprio delegado que entrou no quarto e anunciou a prisão. Ele estava acompanhado de Jonas Tadeu Nunes, advogado de Caio Silva de Souza e também de Fábio Raposo, homem que entregou o rojão para Caio durante a manifestação da quinta-feira.
Mauricio Luciano afirmou, segundo depoimento à GloboNews, que tinha informações por meio da inteligência que Caio Silva de Souza havia deixado o Rio de Janeiro em direção ao Nordeste na terça, logo após saber que sua prisão havia sido decretada.
Câmera flagra ação de suspeitos de jogar artefato que atingiu cinegrafista da Band
"A gente não tem a menor dúvida, através das provas testemunhais, dos vídeos, das provas técnicas, que foi ele quem acendeu e deflagrou o artefato que atingiu o cinegrafista da Rede Bandeirantes", garantiu o delegado. "Ele foi encontrado sozinho, dizendo que estava com fome e há dois dias sem dormir, muito assustado. E com a ajuda do advogado, ele se entregou e não ofereceu resistência à prisão."
O advogado afirmou, também segundo a emissora, que Souza seguia em direção ao Ceará, para a casa de um avô. O suspeito, no entanto, parou no meio do caminho, em Feira de Santana, depois de ser convencido a se entregar. Jonas Tadeu e a namorada do suspeito ajudaram nessa negociação. "O advogado ajudou no convencimento para que Caio não mais fugisse, e a namorada pediu para acompanhar porque seria a pessoa mais indicada para acalmá-lo no momento da prisão", disse o delegado Mauricio Luciano.
Jonas Tadeu declarou que seu cliente estava desesperado e com medo de sofrer represálias, por conta da repercussão do caso. "É um jovem miserável financeiramente, de baixo discernimento, com ideais de uma sociedade melhor", disse o advogado à GloboNews. "Ele nem sabia que aquilo era um rojão, ele encarava aquilo como alguma coisa que fosse fazer barulho, soltar fumaça. Ele não fez aquilo intencionalmente: queria fazer barulho, fazer bagunça, e infelizmente ocorreu isso. Foi uma irresponsabilidade, uma imprudência."
Procurado por homicídio doloso qualificado – quando há intenção de matar – por uso de artefato explosivo e pelo crime de explosão, o suspeito era considerado foragido pela polícia desde que foi expedido um mandado de prisão temporária em seu nome, na noite de segunda-feira. O Disque-Denúncia lançou nessa terça-feira um cartaz com a foto do suspeito. Segundo informações, ele é morador da Baixada Fluminense e tem duas passagens pela polícia.

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