sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Grito dos/as Excluídos/as 2013: “Juventude que ousa lutar constrói o Projeto Popular!”

O Grito dos/as Excluídos/as é uma manifestação popular com muito simbolismo, é um espaço de animação e profecia sempre aberto às pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos/as excluídos/as.
Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular.
O Grito dos/as Excluídos/as deste ano – em sua 19ª edição nacional e 18ª diocesana – tem como tema “A exclusão dos/as jovens” e como lema “Juventude que ousa lutar constrói o Projeto Popular!”. Reflete sobre a situação da juventude, vítima de um sistema que gera exclusão, discriminação, violência e extermínio e convoca os/as jovens ao protagonismo social.
Hoje, no Brasil, o Estado, como temos, é a forma de organização da classe dominante. Sua função é tornar essa classe sempre mais dominante, visando sua hegemonia; assegurar o funcionamento e a reprodução do capital; impedir qualquer tentativa de mobilização popular.
O Grito dos/as Excluídos/as 2013 incentiva e convoca as organizações de articulação da juventude e da sociedade em geral a se juntarem, lutar e ajudar na construção deste Projeto Popular. A luta e a unidade da juventude são muito importantes nesta conjuntura. 
Queremos lutar contra a exclusão social, sobretudo dos jovens, que cada vez mais se torna invisível aos olhos do sistema, do Estado, dos políticos e da sociedade como um todo.
Queremos que as políticas públicas em favor da juventude sejam implementadas e monitoradas, visando uma sociedade mais justa e igualitária.
Clamamos por paz e justiça, contra qualquer tipo de extermínio, seja físico ou mental, que atinja nossa juventude e convidamos a todos/as a somar-se às lutas que já vêm acontecendo.
Que vocês jovens se lancem no desafio da construção do Projeto Popular. O que será possível com a luta pela construção de uma democracia plena e real, que socialize o acesso a todos os direitos, inclusive à soberania.
Não podemos ficar desiludidos com a corrupção daqueles que “em vez de buscar o bem comum procuram seu próprio benefício”. Fazemos nossa a palavra do Papa Francisco que nos diz: nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança. A realidade pode mudar, o homem pode mudar.
Diante da situação caótica em que vive o nosso Município, a Igreja Católica como “advogada da justiça e defensora dos pobres”, diante dos clamores do povo, se coloca à disposição para ajudar no diálogo a fim de que se chegue a uma solução em benefício da população, em especial aquela mais pobre e carente.
A Igreja Católica em Ilhéus está do lado da população, “trazendo o bem precioso da fé em Jesus Cristo, que veio para que todos tenham vida em abundância”.
Com o Papa Francisco também clamamos: “Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado”.
Diante das terríveis imagens vistas nos últimos dias na Síria também nós ficamos angustiados por aquilo que pode acontecer se for declarada a guerra que Obama quer fazer.
O compromisso pela Paz proposto pelo Papa se estende a todos, pois “a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade”.
O Papa Francisco convidou todo mundo cristão e não cristão a se unir a ele no dia de hoje para um jejum e uma vigília de oração pela paz. Nós faremos uma vigília aqui na catedral hoje a partir das 19 horas. Todos se sintam convidados a participar.
Rezemos juntos: Pai nosso.
A bênção de Deus todo poderoso desça sobre todos: Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém.!
Dom Mauro Montagnoli - Bispo diocesano

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