terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Diário da CNBB

REFLEXÃO
Jesus é reconhecido pelos cegos como o Filho de Davi, como aquele que realiza o que foi prometido por Deus a Davi no tempo em que ele era o Rei de Israel, de lhe dar um sucessor no trono. Mas Deus vai muito além do que foi prometido a Davi e instala, por meio de Jesus, o seu próprio Reino no meio dos homens, o Reino que é infinitamente superior ao Reino de Israel do Antigo Testamento e totalmente diferente dele. Mas só percebe a presença deste Reino quem tem fé, quem não é cego, mas tem os olhos abertos para as realidades espirituais.
NOTÍCIAS
O Papa Bento XVI participou esta manhã, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, da primeira pregação do Advento, feita pelo Pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa.
O tema desta primeira pregação foi dedicada ao tema “O Ano da Fé e o Catecismo da Igreja Católica”.
A nossa situação, afirma o frei Cantalamessa, voltou a ser a mesma que no tempo dos apóstolos. “Eles tinham diante de si um mundo pré-cristão para evangelizar; nós temos diante de nós, pelo menos até certo ponto e em alguns ambientes, um mundo pós-cristão para evangelizar. Devemos voltar para o método dos apóstolos, trazer à luz "a espada do Espírito", que é o anúncio, em Espírito e poder, de Cristo morto pelos nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação.”
O querigma, explicou ainda o Pregador da Casa Pontifícia, não é apenas o anúncio de alguns fatos ou verdades de fé claramente definidas; é também uma certa atmosfera espiritual. É responsabilidade do anunciador, por meio da sua fé, permitir ao Espírito Santo criar esta atmosfera.
É a unção do Espírito que faz passar dos enunciados de fé à sua realidade. A unção do Espírito Santo produz também um efeito, por assim dizer, "colateral" no anunciador: faz que ele experimente a alegria de proclamar Jesus e o seu Evangelho. Transforma a evangelização de tarefa e dever, numa honra e num motivo de orgulho. A “boa notícia”, antes mesmo de quem a recebe, faz feliz quem a traz.
“Peçamos a Nossa Senhora a graça de experimentar, neste ano, muitos momentos de unção da fé”, conclui o frei Cantalamessa.

Com o objetivo de denunciar o genocídio, assassinatos e a violência, o Cimi lança o documento Povos Indígenas: aqueles que devem viver - Manifesto Contra os Decretos de Extermínio. O manifesto foi apresentado durante audiência na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 4. Na ocasião, a Associação dos Juízes pela Democracia (AJD) e o Cimi entregaram manifesto subscrito por mais de 20 mil pessoas que aderiram à campanha Eu Apoio a Causa Indígena.
“Se durante a ditadura militar a resistência dos Waimiri Atroari ante a construção da rodovia transamazônica, na década de 1970, foi reprimida com bombas, metralhadoras e até armas químicas, hoje tal premissa genocida segue em curso na busca por uma identidade nacional desenvolvimentista, homogênea, sem a presença das comunidades em seus territórios tradicionais. Um exemplo é a construção de megaprojetos (estradas, hidrelétricas e projetos de mineração), que por onde passam deixam rastros de destruição e morte”, lê-se no site do Cimi.
O extermínio contra os indígenas continua através do confinamento dos povos e comunidades em terras insuficientes, da morosidade do governo na condução dos processos de demarcação das terras de povos que vivem em acampamentos provisórios, com o descaso na área da saúde e educação. Segue ainda na omissão do poder público diante das agressões cotidianas sofridas pelos povos, além da invasão do território tradicional por madeireiros, fazendeiros, narcotraficantes. A violência sistemática é cometida contra como um decreto de extermínio que nunca foi revogado pelas forças anti-indígenas.
Alguns exemplos concretos podem ser apresentados, como é o caso do povo Xavante de Marãiwatsédé, no Mato Grosso, em luta pela extrusão do seu território invadido por fazendeiros. Também dos Guarani Kaiowá e Terena do Mato Grosso do Sul, expropriados de suas terras pelo agronegócio, vivendo em situações desumanas. No mesmo estado, os Kadiwéu tiveram suas terras demarcadas há mais de 100 anos e correm o risco de serem novamente expulsos.
Chamam também a nossa atenção as dezenas de acampamentos à beira de rodovias, espalhados na região sul do país, nos quais os povos Guarani e Kaingang enfrentam baixas temperaturas e o perigo dos atropelamentos. No Maranhão, os Awá-Guajá sofrem as mais diversas pressões, com destaque para assassinatos e invasões de terras homologadas.
Embora seja consenso a importância da pluralidade étnica e cultural, por outro lado não existem políticas concretas em defesa do modo de viver dos indígenas, em pese tais povos tenham seus direitos resguardados pela Constituição Federal. Após quase 40 anos (1974) da publicação do documento Y-Juca-Pirama: O índio aquele que deve morrer - que denunciou a política genocida do governo brasileiro e gerou impacto junto à opinião pública nacional e internacional, durante os anos da ditadura - muita das ameaças aos povos indígenas denunciadas pelo Cimi naquela ocasião ainda persistem.
O Cimi publica esse segundo manifesto no intuito de concretizar a profecia anunciada pelo Y- juca Pirama: “Chegou o momento de anunciar, na esperança, que aquele que deveria morrer é aquele que deve viver”.
O sumário do manifesto ainda traz um bloco de artigos sobre o projeto de vida dos povos indígenas, os principais documentos indígenas dos últimos 40 anos e a republicação do Y Juca Pirama, lançado em 1974. Como anexo, as terras e povos indígenas afetados pelos grandes empreendimentos.


O Santuário de Nossa Senhora das Brotas, em Piraí do Sul (PR), é sede do encontro Estadual de destinos de Turismo Religioso. O encontro aconteceu de 5 a 7 de dezembro e teve como objetivo articular, discutir as destinações de turismo religioso no Paraná, a estrutura turística e a evangelização nos santuários.
As políticas públicas e o planejamento do turismo religioso, como também o vínculo com a evangelização foram matérias de discussão. Os cases do Santuário de Aparecida, de Nossa Senhora do Rocio e de Nossa Senhora das Brotas evidenciaram o potencial atrativo e evangelizador dos santuários.
Para o secretario de turismo de Piraí do Sul, Marcelo Miró Cioffi, o evento auxilia na troca de experiência e divulgação dos destinos de turismo religioso. “A troca de experiências e conversa entre reitores de santuários, secretários de turismo, agências e outras pessoas envolvidas é um momento de avaliação para prestar melhor os serviços turísticos”, salienta o secretário.
O diretor de administração e finanças da Paraná Turismo, Antônio Devech, ressaltou a importância do encontro. Segundo Devech “o turismo religioso é um dos segmentos mais importantes que o Paraná possui”.
O Regional Sul 2 da CNBB (Paraná) esteve presente através de seu secretário executivo, padre Mário Spaki, e do padre Ademar de Oliveira Lins, assessor da Pastoral do Turismo, que em 2002 foi quem deu os primeiros passos nessa Pastoral no estado do Paraná.
Foi constituída uma equipe para coordenar os trabalhos e o próximo encontro será em Cascavel, dias 12 e 13 de março. Para a ocasião serão convidados todos os reitores de santuários do Paraná, que junto com o presidente do Regional Sul 2, dom João Bosco Barbosa de Souza, bispos de União da Vitória, traçarão circuitos de turismo religioso para interligar os santuários.


Os participantes da 17ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que acontece sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF), iniciaram os trabalhos na manhã desta sexta-feira, 7, com uma missa presidida por dom Leonardo Ulrich Steiner, Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília.
“Ser cristão, em primeiro lugar é ser seguidor e seguidora de Jesus, independentemente do serviço que prestamos na comunidade. O Evangelho nos mostra isso”, afirmou dom Leonardo.
Ao comentar sobre os símbolos do Advento, tempo litúrgico que prepara o Natal de Jesus, o bispo observou que, apesar da beleza do ambiente, “nós ainda não vimos o Menino”. Segundo ele, “existe algo próprio e extraordinário na experiência cristã que é ser tocado por Jesus, momento em que começamos a abrir os olhos. A sensação que temos é de que só conseguimos seguir Jesus de fato quando formos tocados por ele”.
Hoje a Igreja recorda Santo Ambrósio, bispo de Milão na Itália que batizou Santo Agostinho. “Agostinho esteve a caminho de Jesus por vários anos, mas somente quando foi tocado por ele na fala de Ambrósio é que começou ver algo extraordinário. Com isso, se torna um dos maiores pensadores da Igreja. Depois de ter sido tocado e educado pela mãe, Santo Mônica que rezava todos os dias. Talvez as nossas crianças e adolescentes ao entrar na dinâmica missionária, vão seguindo Jesus, mas em determinado momento, depois de tanto anunciar Jesus, de repente percebam como é extraordinário conhecê-Lo. Isso por que foram atingidos lá dentro do coração”, destacou dom Leonardo em sua reflexão.
Em nome da CNBB, dom Leonardo agradeceu aos coordenadores estaduais da IAM pelos serviços prestados à Igreja em todo o Brasil. “Onde o trabalho da IAM acontece, as crianças transformam o ambiente, são sinais, a comunidades se torna ativa. As crianças são uma presença mais tranquila, de paz e fraternidade também no ambiente da escola”, disse. “No serviço que prestamos, Jesus vai abrindo os nossos olhos para percebermos cada vez mais, a grandeza dessa experiência de estarmos numa relação profunda com Ele e com a Trindade Santa. Nossas crianças e adolescentes na experiência que fazem de anunciar Jesus abrem os olhos para essa grandeza tão estupenda de serem cristãos seguidores, discípulos de Jesus e por isso, missionários”, concluiu.
No restante da manhã os participantes da Assembleia tiveram um momento de espiritualidade orientado Dom Eduardo Zielski, bispo de Campo Maior (PI) e referencial para a dimensão missionária no estado do Piauí.


Nessa quarta-feira, 5 de dezembro, jornalistas e autoridades de Juiz de Fora (MG) e região se reuniram no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio para a premiação do 2º Troféu Imprensa Arquidiocese JF. Com o tema “O lado humano do cotidiano”, profissionais foram premiados em quatro categorias: Rádio, TV, Impresso e Fotografia. Cerca de 80 pessoas estiveram presentes na cerimônia, que foi conduzida pelo arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, dom Gil Antônio Moreira.

Os profissionais premiados foram: Categoria Rádio (Troféu Pe. Wilson Vale) – Danielle Quinelato, da Rádio Energia, com a matéria “Aniversário da Associação dos Cegos”; Categoria TV (Troféu Dom Geraldo Penido) – Michele Pacheco, da TV Alterosa, com a matéria “Dia do Bombeiro – Heróis de Verdade”; Categoria Impresso (Troféu Monsenhor Burnier) – Daniela Arbex, do Tribuna de Minas, com a matéria “Superação e esperança nas ruas” e Categoria fotojornalismo (Troféu Monsenhor Miguel Falabella) – Ângelo Savastano, do Diário Regional, com a fotografia “Visita à base de pacificação, Morro do Alemão e Penha”.
“O que interessa é a dignidade e o progresso da pessoa humana. E isso os jornalistas sabem fazer com seu trabalho na comunicação”, destacou o arcebispo metropolitano, dom Gil Antônio Moreira.
O coordenador da Pastoral da Comunicação (Pascom), padre Antônio Camilo de Paiva, falou sobre a mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações 2012, que teve como tema “Silêncio e Palavra: caminho da evangelização”. Para o sacerdote também é papel do jornalista enxergar o lado humano na realidade corriqueira.

A cerimônia foi encerrada com um jantar de confraternização para os profissionais presentes.
O Troféu Imprensa Arquidiocese JF teve a primeira edição em outubro de 2011 e premia produtos jornalísticos de meios laicos da região pertencente a Igreja Particular (Juiz de Fora e mais 36 cidades da região).


Entre os dias 04 a 07 de janeiro de 2013, a diocese de Criciúma acolhe os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que irá acontecer de 23 a 28 de julho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), reunindo milhões de jovens e católicos do mundo inteiro com o papa Bento XVI.
A Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, Símbolos da JMJ, virão acompanhados em todas as dioceses de Santa Catarina pela imagem da bem-aventurada Albertina Berkembrock, a beata catarinense que se tornou uma das intercessoras da JMJ, como modelo de virtude nos valores evangélicos.
A chegada dos Símbolos à diocese de Criciúma está marcada para as 16h do dia 04 de janeiro, vindos da diocese de Lages. A acolhida será feita na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Lauro Müller e segue uma extensão programação sobre as comarcas, durante os três dias de peregrinação, até às 15h do dia 07, quando retornam à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga, para a celebração de Envio para a diocese de Tubarão.
“A peregrinação da Cruz é algo da Igreja e não uma atividade exclusiva aos jovens ou a uma pastoral ou movimento. Ela permeia a caminhada de todos os segmentos e lideranças. Receber os Símbolos da Jornada é receber os símbolos da Igreja universal. Não se trata somente de um grande evento, mas de um acontecimento. Quando a Igreja faz este olhar para o Brasil e envia os Símbolos entregues pelo papa João Paulo II aos jovens, tendo em vista todo o seu histórico no mundo inteiro, entendemos que representam muito para a vida da Igreja”, afirma um dos coordenadores do Setor Diocesano de Juventude, Marcos Tramontin Serafim.
Símbolos passarão pelo litoral
Segundo Marcos, o cronograma da peregrinação dos Símbolos já está pronto e começa a ser divulgado junto às paróquias, sendo que cada comarca organizou a acolhida de acordo com sua realidade. “Tendo em vista esse período em que as pessoas se deslocam muito para a praia, além das regiões de interior, nossa diocese priorizou atividades também na região litorânea: mais ao sul, em Balneário Gaivota; ao centro, em Balneário Arroio do Silva e ao norte, em Balneário Rincão, neste último, acompanhando a tradicional celebração do Terno de Reis”, informa o coordenador.
Mais atividades
Após a peregrinação dos símbolos, o Setor Diocesano de Juventude prepara 2013 com uma agenda repleta de atividades, tendo por foco principal a divulgação e arrecadação de fundos, através do projeto “Rio que Cresce entre Nós”, iniciativa do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina) que perdura até o dia 1º de março e a Semana Missionária, que antecederá a Jornada Mundial da Juventude. Na ocasião, a Diocese de Criciúma se dispõe a acolher até 250 jovens estrangeiros.
Com o lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19), Marcos enfatiza que a Jornada Mundial da Juventude e todos os eventos que lhe antecedem sejam um apelo a toda a Igreja a voltar os olhos e a acolhida aos jovens, motivando e favorecendo seu protagonismo junto às comunidades.

Assessoria de Imprensa da CNBB
SE/Sul Quadra 801 Conjunto B

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