terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Wagner insatisfeito promete trocar secretários

Dando fim às especulações em torno de uma possível reforma administrativa em sua gestão, o governador Jaques Wagner admitiu ontem que existe insatisfação com sua atual equipe e já confirma, inclusive, que mudanças virão no início do ano, conforme a Tribuna vem antecipando. Contudo, deixou claro que não se sente na obrigação de abrigar ex-prefeitos ou ex-candidatos.
Em entrevista à Rádio Metrópole, o líder do Executivo estadual destacou que existem, de fato, algumas áreas que não estão funcionando bem. “E eu, sem dúvida, estou avaliando. Vou fechar o balanço com algumas pessoas mais próximas e na entrada do ano mexer em algumas peças”, declarou, complementando, entretanto, que: “não me sinto na obrigação de abrigar ex-prefeitos ou ex-candidatos. A minha prioridade será uma melhor gestão”. 
Embora o gestor tenha preferido, com a cautela que lhe é peculiar, não adiantar sobre as futuras mudanças e sobre o tão comentando afago aos aliados que não obtiveram êxito no processo eleitoral, nos corredores da Governadoria são fortes os indícios de que existe previsão de ajustes na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e na Secretaria de Cultura do Estado.
Luiz Caetano, atual prefeito de Camaçari, seria o nome mais cotado para assumir a Sedur, no lugar de Cícero Monteiro. A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, iria para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), levando em consideração os importantes programas sociais do governo e pela Defesa Civil do Estado.
O município de Lauro de Freitas foi citado como exemplo na execução de programas sociais, sendo reportagens em televisões estrangeiras, como o México, Espanha e Colômbia. A pasta do Turismo, da cota do PSB, hoje em poder do secretário Domingos Leonell, também estaria no rol das apostas. 
O governador, entretanto, quando o assunto foi a sucessão estadual, o governador não se furtou em citar os petistas Luiz Caetano, Moema Gramacho, Rui Costa (secretário da Casa Civil) e José Sergio Gabrielli (secretário de Planejamento) como nomes fortes e mais além frisou que a preferência é do PT por ser um partido maior. “O PT carrega legitimidade por ser maior”, justificou. Sobre seu futuro político, quando deixar o cargo, voltou a repetir que irá disputar uma vaga na Câmara Federal, cujo objetivo maior é continuar apoiando a presidente Dilma Rousseff.
Ao ser questionado pela radialista Mário Kertész de que forma avaliava o ano de 2012, Wagner não escondeu que a seca que assolou o estado, as greves da Polícia Militar e dos professores, além da crise internacional, foram fatores difíceis para ele administrar em 2012. 
“Por conta da crise, por exemplo, houve um corte de R$ 900 milhões no repasse do governo federal para a Bahia. Com isso houve uma frustração de verba”, disse o petista. Com relação aos investimentos, Wagner garantiu que estes continuam sendo buscados e aplicados.
“Foram entregues 6 mil km de estradas, temos a JAC Motors, vou para a China em janeiro para visitar fábrica de ônibus, de fibra de vidro e a Petro China. O volume é grande de investimentos, mas foi o ano mais duro por conta da economia mundial e a seca, mas teve muitas realizações”, ressaltou.

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