quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Hoje: Livro traz novos estudos sobre morte e gênero nas obras amadianas

O livro “Morte e Gênero – Estudos Sobre a Obra de Jorge Amado”, dos professores André Rosa e Sandra Sacramento da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), traz novas análises sobre os trabalhos do escritor grapiúna. A mais nova publicação da Mondrongo Livros, editora do Teatro Popular de Ilhéus, será lançada nesta quinta-feira, (08), na Casa de Jorge Amado, em Ilhéus, a partir das 18h30min. O evento terá a participação do Balé Afro Dilazenze, Grupo Teatral Maktub, José Delmo, Dado Loko e Flávio Rebouças. 
Como sugerido pelo próprio título, o livro aborda dois temas recorrentes na obra de um dos principais escritores brasileiros: as representações da morte e do feminino em alguns dos seus mais importantes textos ficcionais. A obra amplia os estudos e debates sobre os trabalhos de um dos maiores tradutores da realidade brasileira, ministro de Xangô e mestre da cultura Popular, o “contador de estórias” Jorge Amado. 
A primeira parte, de autoria do historiador André Rosa, discute o papel do fenômeno da morte na literatura jorgeamadiana, no processo de construção ficcional da identidade regional e a sua contribuição na formação da imagem que a sociedade cacaueira fez e faz de si mesma. “A literatura produzida por Jorge Amado, desempenhou um importante papel na configuração de uma memória social para uma área delimitada no Nordeste cacaueiro”, afirma André Rosa. 
A segunda parte do novo livro da Mondrongo, de autoria da doutora em Letras Sandra Sacramento, estuda os perfis femininos que revelam um novo olhar sobre a mulher no Brasil. A autora mostra a ruptura de determinados padrões de comportamento social presentes nas personagens jorgeamadianas, com o estudo da face obscura do feminino em Tocaia Grande, as relações identitárias femininas em Terras do Sem fim e a questão de gênero e hibridismo cultural em Dona Flor e seus dois maridos. Sacramento traz, ainda, mediante o estudo de Jubiabá, questões como a solidariedade feminina, a condição da mulher negra, o pós-feminismo e identidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário