sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Tráfico humano é a segunda fonte de riqueza, aponta teóloga

A professora Wanda Deifelt, do Luther College, de Decorah, Iowa, revelou, no painel sobre Tarefas da Teologia na América Latina, atividade realizada hoje no I Congresso Internacional da Faculdades EST, que o tráfico humano é a segunda fonte de riquezas no mundo, atrás apenas do narcotráfico.
Identificar que essa realidade está ao nosso redor, sendo vivenciada inclusive aqui em São Leopoldo, também é tarefa da teologia”, disse. Wanda destacou que a teologia está desafiada a oferecer esperança numa sociedade individualista, a nomear a realidade e explica-la a todos.
A reportagem é de Micael Vier B. e publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 13-09-2012.
“Não precisamos cometer suicídio intelectual para sermos cristãos, porque a nossa fé busca compreensão”, destacou no mesmo painel o professor da Universidade de Stellenbosch, Nico Koopman, da África do Sul, ao afirmar a necessidade da religião e da ciência “cantarem juntas um dueto” ao invés de duelarem entre si.
Advindo da tradição reformada, Koopman enalteceu a importância da religião fomentar e promover a dignidade humana no contexto da integridade da Criação. “A religião que gostaríamos de vivenciar na esfera pública também precisa conviver com a realidade dual, ou seja, reconhecer a diversidade de etnias, gêneros, confissões e nacionalidades”, frisou.
Oferecendo eco às declarações de Koppmann, o presidente da Associação Mundial para a Comunicação Cristã, Dennis Smith, argumentou que o reconhecimento da diferença pode fazer com que “encontremos em outra expressão de fé algo que nos complete, sem abandonarmos o específico da nossa própria religiosidade.”
Ao direcionar sua mirada para o contexto latino-americano, mas também global, Wanda Deifelt agregou que a teologia precisa promover a esperança, ser contextualizada, profética e dialogal. Além disso, pontuou, ela está diretamente relacionada aos espaços que a pessoa ocupa, seja o corpo físico, o corpo social, o corpo eclesiástico ou o corpo cósmico.
Na análise da professora do Luther College, pensar a teologia em termos dialogais significa ir ao encontro das diferenças para que “possamos pensar além daquilo que é previsto”.

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