terça-feira, 21 de agosto de 2012

Diário da CNBB

REFLEXÃO
Deus nos ama com amor eterno e, por isso, quer relacionar-se conosco.A partir disso, devemos perceber qual é o verdadeiro sentido da religião.O que caracteriza o verdadeiro cristão não é a mera observância dos mandamentos, mas a busca da perfeição que está no seguimento de Jesus, portanto no relacionamento com ele. Porém, existem valores deste mundo que se tornam obstáculo para este relacionamento, como é o caso dos bens materiais, que impediram o jovem de buscar livremente a vida eterna e a perfeição, através da caridade e do seguimento de Jesus, emboraobservasse todos os mandamentos.
NOTÍCIAS
 “Queriam calar Igreja e estudantes”
 “Queriam calar Igreja e estudantes”
Arquidiocese de Brasília realiza seminário sobre 5ª Semana Social Brasileira

 “Queriam calar Igreja e estudantes”
O assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) padre José Ernanne Pinheiro declarou no dia 16 de agosto em sessão pública da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), que o assassinato do padre Henrique, em maio de 1969, foi uma tentativa da repressão de calar os dois segmentos mais atuantes da sociedade pernambucana naquele momento: a Igreja Católica e o movimento estudantil. Na época, o padre Ernanne era o vigário-geral da Arquidiocese de Olinda e Recife e acompanhou todos os ataques e a pressão sofrida por dom Helder e seus principais assessores e amigos.
“A morte do padre Henrique era um ataque indireto a dom Helder. Além disso, Henrique cuidava da Pastoral da Juventude e tinha muita influência entre os estudantes, o que também incomodava. Não tenho nomes para acusar por esse fato, mas está claro que se tratou de um crime político”, avaliou padre Ernanne. Para o religioso, a Comissão da Verdade cumpre uma tarefa primordial dentro do processo de registro histórico brasileiro. “As próximas gerações precisam conhecer seus heróis. Esperamos que essa comissão, a nacional e as demais que estão surgindo nos outros Estados contribuam para isso”, frisou.
Em seu depoimento, padre Ernanne esclareceu que dentro da própria Igreja Católica existiam correntes adversas e que bispos e padres colaboraram com a repressão. “Em Pernambuco, sob o comando de dom Helder nos posicionamos ao lado da democracia e dos excluídos”, completou.
Para o advogado Pedro Eurico, relator do caso Padre Henrique na comissão, o depoimento reforçou o entendimento de que vários setores da sociedade pernambucana sujaram as mãos de sangue durante a ditadura. “Não era apenas a Polícia e as Forças Armadas que estavam na vanguarda desse movimento. Muitos civis se engajaram na repressão e se beneficiaram disso posteriormente”, concluiu.
O presidente da comissão, Fernando Coelho, afirmou que o depoimento trouxe elementos importantes para a investigação. “Ficamos honrados com a presença do padre Ernanne, pela clareza de suas ideias e pela contextualização do momento histórico que eles nos trouxe”.
Ferreira
A comissão resolveu adiar, do dia 23 para dia 30deste mês, o depoimento do ex-major da PM de Pernambuco José Ferreira dos Anjos. Os integrantes da comissão querem mais tempo para se preparar para ouvir o ex-militar, considerado uma das fontes mais ricas sobre o período da ditadura no Estado. Ferreira foi recrutado dentro da PM pelo 4º Exército e atuou diretamente na repressão aos opositores do golpe militar de 1964. Sobre a importância das informações guardadas pelo ex-major, o advogado Humberto Vieira de Melo, membro da comissão, foi enfático. “Basta que ele repita o que nos disse na sessão reservada”, ressaltou.

“Queriam calar Igreja e estudantes”

O assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) padre José Ernanne Pinheiro declarou  no dia17 de agosto, em sessão pública da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), que o assassinato do padre Henrique, em maio de 1969, foi uma tentativa da repressão de calar os dois segmentos mais atuantes da sociedade pernambucana naquele momento: a Igreja Católica e o movimento estudantil. Na época, o padre Ernanne era o vigário-geral da Arquidiocese de Olinda e Recife e acompanhou todos os ataques e a pressão sofrida por dom Helder e seus principais assessores e amigos.
A morte do padre Henrique era um ataque indireto a dom Helder. Além disso, Henrique cuidava da Pastoral da Juventude e tinha muita influência entre os estudantes, o que também incomodava. Não tenho nomes para acusar por esse fato, mas está claro que se tratou de um crime político”, avaliou padre Ernanne. Para o religioso, a Comissão da Verdade cumpre uma tarefa primordial dentro do processo de registro histórico brasileiro. “As próximas gerações precisam conhecer seus heróis. Esperamos que essa comissão, a nacional e as demais que estão surgindo nos outros Estados contribuam para isso”, frisou.
Em seu depoimento, padre Ernanne esclareceu que dentro da própria Igreja Católica existiam correntes adversas e que bispos e padres colaboraram com a repressão. “Em Pernambuco, sob o comando de dom Helder nos posicionamos ao lado da democracia e dos excluídos”, completou.
Para o advogado Pedro Eurico, relator do caso Padre Henrique na comissão, o depoimento reforçou o entendimento de que vários setores da sociedade pernambucana sujaram as mãos de sangue durante a ditadura. “Não era apenas a Polícia e as Forças Armadas que estavam na vanguarda desse movimento. Muitos civis se engajaram na repressão e se beneficiaram disso posteriormente”, concluiu.
O presidente da comissão, Fernando Coelho, afirmou que o depoimento trouxe elementos importantes para a investigação. “Ficamos honrados com a presença do padre Ernanne, pela clareza de suas ideias e pela contextualização do momento histórico que eles nos trouxe”.
Ferreira
A comissão resolveu adiar, do dia 23 para dia 30deste mês, o depoimento do ex-major da PM de Pernambuco José Ferreira dos Anjos. Os integrantes da comissão querem mais tempo para se preparar para ouvir o ex-militar, considerado uma das fontes mais ricas sobre o período da ditadura no Estado. Ferreira foi recrutado dentro da PM pelo 4º Exército e atuou diretamente na repressão aos opositores do golpe militar de 1964. Sobre a importância das informações guardadas pelo ex-major, o advogado Humberto Vieira de Melo, membro da comissão, foi enfático. “Basta que ele repita o que nos disse na sessão reservada”, ressaltou.

Arquidiocese de Brasília realiza seminário sobre 5ª Semana Social Brasileira
O tema “Um Novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver” foi debatido num seminário realizado neste sábado, 18 de agosto na Arquidiocese da Brasília (DF). O evento, realizado na Universidade Católica de Brasília (UCB), faz parte dos preparativos para a 5ª Semana Social Brasileira (SSB).Promovida pela CNBB em diálogo com outras organizações da sociedade, a 5ª SSB tem como tema “A participação da sociedade no processo de democratização do Estado” e com o lema: “Estado pra que e pra quem.  No mês de maio de 2013 acontecerá o momento final reunindo delegados de todas as regiões do país.Na abertura do evento o professor Ricardo, representante da UCB, afirmou da importância de trazer a iniciativa para dentro da universidade, contribuindo para que o mundo universitário compreenda as demandas que estão na sociedade. Também presente no evento, o arcebispo de Brasília, dom Sergio da Rocha, agradeceu a presença de todos e ressaltou a necessidade de debater as questões sociais na arquidiocese e o debate em torno da semana social contribui para que esta perspectiva se reforce.  O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz da CNBB, padre Ari Antonio dos Reis, apresentou uma memória das SSB. Recordou os frutos deste processo, como o Grito dosExcluidos, o plebiscito da dívida externa e mais recentemente a criação da Assembleia Popular. José Antônio Moroni, do Instituto de Estudos Sócio Econômicos (INESC) refletiu o tema “Estado para que e para quem” sugerindo que a pauta do tema já revela uma compreensão de Estado e Sociedade. Ele afirmou a necessidade das organizações sociais assumirem esta reflexão em nome da esperança por uma sociedade mais justa e de um Estado mais solidário para com todos. Foram realizados trabalhos de grupos na perspectiva de aprofundar a temática seguido de encaminhamentos para a continuidade do processo.A proposta da 5ª SSB é refletir o papel do Estado, sob uma perspectiva crítica e propositiva, pois uma das características deste movimento é a capacidade de apontar os erros e dificuldades, e, ao mesmo tempo, propor novas estratégias.

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