quinta-feira, 12 de julho de 2012

Os cuidados em casa evitam acidentes

No momento em que são noticiados uma sequencia de acidentes, alguns fatais, envolvendo crianças se faz necessário uma avaliação sérias sobre as suas causas. O artigo do Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur, publicado no Jornal da Pastoral da Criança, aborda com propriedade a questão.
Eis o artigo
Ao longo de sua atuação, os líderes da Pastoral da Criança encontram nas comunidades um grande número de acidentes e agressões sofridas pelas crianças. Há acidentes domésticos, de trânsito - como os atropelamentos e outros - e aqueles decorrentes de maus tratos provocados pelos adultos.
Pesquisas revelam que os principais acidentes entre as crianças menores de um ano estão relacionados com a asfixia, ingestão de objetos, quedas e queimaduras. Entre as crianças de um a 6 anos, estão os atropelamentos, queimaduras, envenenamentos, sufocações e quedas. Após os 4 anos de idade até os 40 anos de vida, as causas externas (como acidentes e violência) são as principais causas de morte no Brasil.

 Considerando o sofrimento que os acidentes ocasionam, as grandes dificuldades que se têm para encontrar o socorro de hospitais e atendimentos de emergência, para a Pastoral da Criança está muito claro que é "melhor prevenir do que remediar". Por isso, o líder recebe formação e informação que o ajuda a refletir sobre o problema, especialmente com o apoio do Guia do Líder.
 O Guia explica os principais cuidados que se deve ter em cada fase de desenvolvimento da criança. O objetivo é orientar os adultos sobre a importância de impor limites à criança como, por exemplo, ensiná-la que não pode pegar certas coisas porque corre perigo de se machucar ou estragar pertences de outras pessoas. O Guia também ensina como os adultos devem explicar à criança, com carinho e firmeza, mas sem violência, o que ela pode e o que não pode fazer. As pessoas aprendem também com histórias do cotidiano e, a partir delas, a refletir sobre o assunto.
 É na família e na comunidade que a pessoa começa a ser educada, tanto para a violência quanto para a paz. A campanha Educação para a Paz, lançada em 1999, foi incorporada entre as ações da Pastoral da Criança. O objetivo é colaborar para que cada família venha a educar seus filhos para a paz. E a melhor forma de educação que a família pode dar é o exemplo, que cativa e contribui para criar "uma cultura do amor" no ambiente familiar e na comunidade.
 Todos nós, líderes, coordenações e voluntários, podemos levar a prevenção da violência familiar, acidentes e outros sofrimentos que atigem nossas crianças com nossa metodologia que favorece o relacionamento dentro da família e entre as famílias na comunidade. Nas visitas domiciliares, é possível enriquecer a auto estima das pessoas, valorizar a amizade entre as famílias e conhecimento sobre fatores que representam perigo de acidentes ou que prejudicam o desenvolvimento infantil.
 No Dia da Celebração da Vida proporcione espaços para brincar. Ofereça orientações sobre os perigos dentro de casa. Os acidentes podem ser orevenidos ou se ensinar a criança sobre como conviver com o ambiente que nem sempre é seguro. Devemos reforçar que os adultos têm grande responsabilidade pela educação de seus filhos e que devem amá-los e respeitá-los, antes de tudo, como seres humanos, únicos e dignos.

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