Cerca de 40 lideranças do Povo Tupinambá da Serra do
Padeiro, ocuparam agora pela manhã a sede da Secretaria Especial de Saúde
Indígena (SESAI) em Salvador.
Bastante revoltados e indignados com a postura da Entidade
que desde o ano de 2011 vem fazendo promessas e não as cumpre, deixando a
comunidade totalmente desamparada no que diz respeito a saúde.
Por telefone o Cacique Rosivaldo Ferreira (Babau) informou que
a SESAI realizou uma reunião em maio de 2011, onde o Órgão garantiu que no
prazo de três meses, iriam realizar entre outras providencias: a designação de
três Agentes Indígenas de saneamento básico para a Serra do Padeiro e 01 para a
comunidade do Maruim; Disponibilização de dois veículos sendo que um ficariam
mais tempo na comunidade. A regularização dos Agentes de Saúde; A construção do
posto de saúde na área, que segundo o Cacique o governo até já disponibilizou
os recursos sendo apenas necessário que a SESAI apresentasse a planta do imóvel
(o que até agora não aconteceu), nem mesmo as auxiliares de limpeza que foram
prometidas foram efetivadas; Até agora nada, e o mais absurdo é que o
enfermeiro que atua de forma precária na área não recebe nenhuma assistência da
Secretaria.
Em recente cobrança da comunidade aos representantes da
SESAI a resposta que receberam foi: “Infelizmente, não temos condições de fazer
nada”.
Este tipo de comportamento da SESAI tem sido uma constante
com a nossa comunidade, e isto tem deixado todos muito irritados , relata o
cacique Babau: “Demos um prazo para que eles pudessem resolver estes problemas
ou que pelos menos encaminhasse alguma providencia para amenizar a situação
caótica que estamos vivendo”, "eles não fizeram nada e não podemos
continuar nesta situação de abandono, por isto decidimos ocupar a sede aqui em
Salvador, pois só assim parece que ele nos ouve, esta é a única maneira de
resolver a nossa situação".
“Só saímos daqui quando alguém que possa resolver de verdade
esta situação aparecer, não aceitamos mais promessas, pois estamos cheios
delas", finaliza o cacique Rosivaldo Ferreira.
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