quarta-feira, 25 de abril de 2012

Caos na SESAI faz com que Tupinambá ocupem a sede da Instituição em Salvador

Cerca de 40 lideranças do Povo Tupinambá da Serra do Padeiro, ocuparam agora pela manhã a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) em Salvador.
Bastante revoltados e indignados com a postura da Entidade que desde o ano de 2011 vem fazendo promessas e não as cumpre, deixando a comunidade totalmente desamparada no que diz respeito a saúde.

Por telefone o Cacique Rosivaldo Ferreira (Babau) informou que a SESAI realizou uma reunião em maio de 2011, onde o Órgão garantiu que no prazo de três meses, iriam realizar entre outras providencias: a designação de três Agentes Indígenas de saneamento básico para a Serra do Padeiro e 01 para a comunidade do Maruim; Disponibilização de dois veículos sendo que um ficariam mais tempo na comunidade. A regularização dos Agentes de Saúde; A construção do posto de saúde na área, que segundo o Cacique o governo até já disponibilizou os recursos sendo apenas necessário que a SESAI apresentasse a planta do imóvel (o que até agora não aconteceu), nem mesmo as auxiliares de limpeza que foram prometidas foram efetivadas; Até agora nada, e o mais absurdo é que o enfermeiro que atua de forma precária na área não recebe nenhuma assistência da Secretaria.
Em recente cobrança da comunidade aos representantes da SESAI a resposta que receberam foi: “Infelizmente, não temos condições de fazer nada”.
Este tipo de comportamento da SESAI tem sido uma constante com a nossa comunidade, e isto tem deixado todos muito irritados , relata o cacique Babau: “Demos um prazo para que eles pudessem resolver estes problemas ou que pelos menos encaminhasse alguma providencia para amenizar a situação caótica que estamos vivendo”, "eles não fizeram nada e não podemos continuar nesta situação de abandono, por isto decidimos ocupar a sede aqui em Salvador, pois só assim parece que ele nos ouve, esta é a única maneira de resolver a nossa situação".
“Só saímos daqui quando alguém que possa resolver de verdade esta situação aparecer, não aceitamos mais promessas, pois estamos cheios delas", finaliza o cacique Rosivaldo Ferreira.

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