segunda-feira, 26 de março de 2012

Educação integral para escolas públicas baianas através do Mais Educação e Bolsa Família

Mais de 4.000 escolas públicas das redes municipais e estadual da Bahia foram selecionadas pelo Programa Mais Educação para implantar em suas estruturas curriculares a educação em tempo integral. A meta do estado é para as instituições de ensino com maior número de alunos oriundos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF). As unidades escolares que aderirem à iniciativa irão receber recursos federais para ampliar o ensino integral em suas estruturas curriculares.
Para alcançar essa meta, os Ministérios da Educação (MEC) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com as Secretarias de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e da Educação (SEC) reuniram ontem e hoje (22 e 23) na Escola Parque, no bairro da Caixa D’Água, em Salvador, coordenadores estaduais e municipais do Bolsa Família e do Mais Educação, e representantes das Diretorias Regionais de Educação do Estado (Direc) e dos governos estadual e federal. “As escolas baianas selecionadas têm que aderir ao Programa Mais Educação o mais rápido possível, pois essa iniciativa só irá trazer benefícios, como tirar as crianças e jovens das ruas, afastá-los das drogas e proteger e abraçar os que ainda não foram cooptados pelo crime”, assegurou o secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro.

“Em parceria com o Programa Bolsa Família, o Mais Educação vai ajudar a romper o ciclo da pobreza que afeta o nosso país e que rouba a dignidade dos menos favorecidos economicamente. Com essa ação, as crianças e jovens que estão em situação mais vulnerável (extremamente pobres, público do Bolsa Família) terão garantido o acesso a educação de qualidade e em tempo integral, dando espaço para eles conviverem com outras linguagens e novos aprendizados e desenvolverem novas habilidades”, destacou a coordenadora estadual do Programa Bolsa Família, Luciana Santos. Para a superintendente de Educação Básica da SEC, Amélia Maraux, o Mais Educação “vai implementar uma nova realidade e uma nova metodologia de educação na Bahia e vai ainda resgatar uma dívida histórica que o país tem com os nossos cidadãos”.
Na opinião do diretor do Departamento de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Daniel Ximenes, que esteve no encontro na Escola Parque para informar e tirar dúvidas dos coordenadores e técnicos, é um desafio manter as crianças e jovens nas escolas somente com um período no ambiente educacional. “Para possibilitar uma atenção mais especial para elas, a educação integral, através do Mais Educação, vai dar oportunidade para que vivam e se identifiquem mais com a escola, pois poderão descobrir novos talentos, terão a criatividade provocada e o capital de visão ampliado”, ressaltou o diretor. Segundo ele, o Mais Educação está em parceria com o Bolsa Família para implantar a educação integral porque “não dá para trabalhar as políticas sociais sem dialogar com a educação e a saúde. Por isso, os gestores do Bolsa Família tem que ajudar na mobilização das escolas para que, pelo menos, 70% delas participem do Mais Educação na Bahia”.
Critérios
Dentre os critérios para seleção das unidades escolares para o Programa Mais Educação, em 2012, estão: escolas urbanas com maior número de alunos oriundos de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família e que tenham no total mais de 150 alunos, com base no Educacenso 2010 e nos dados do PBF outubro/novembro de 2010; escolas rurais localizadas nos territórios prioritários do plano Brasil sem Miséria; unidades rurais situadas em municípios com índices de pobreza do campo. “Os alunos das instituições selecionadas terão sete horas diárias de atividades, de segunda a sexta-feira, mudanças que ampliarão tempos, espaços e oportunidades educativas”, acrescentou Luciana.

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