segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Estado concederá primeira licença para empreendimento integrado

Durante reunião ordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram), na manhã desta sexta-feira (27), técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hidricos (Inema) anunciaram que o Estado da Bahia vai conceder a primeira licença ambiental para um conjunto de empreendimentos da mesma natureza. Trata-se do Agropolo Mucugê/Ibicoara, que é constituído por diversos imóveis rurais e abrange os municípios de Mucugê, Ibicoara, Barra da Estiva e Boninal, na região da Chapada Diamantina. O empreendimento se encontra em fase de análise do termo de referência – documento que contém os estudos ambientais para obtenção da licença – e será a primeira experiência na Bahia desta modalidade de licenciamento.

“Esse tipo de licença conjunta é importante porque estabelece normas e critérios a serem aplicados de forma integrada, sob as quais todos estarão subordinados a cumprir as condicionantes impostas na licença, e uma melhor capacidade de gestão ambiental na área”, explicou a assessora da Diretoria de Regulação do Inema, Annamaria Venâncio.
Mais realista - Em 2006, o Conselho havia aprovado o Termo de Referência do Agropolo Mucugê/Ibicoara, por meio da resolução Cepram nº 3727. Mas, o documento precisava passar por ajustes, a exemplo da demarcação da poligonal, que na proposta anterior adentrava o limite do Parque Nacional da Chapada Diamantina e chama a atenção quanto à vegetação no ambiente de planalto, uma vez que toda a área está acima de 1.000 metros de altitude.
Conselheiro do Cepram e representando a Comissão Especial do Agropolo Mugugê/Ibicoara, Evilásio da Silva Fraga, avaliou a nova proposta como mais realista e coerente com os aspectos físicos e ambientais da área. Segundo ele, essa nova avaliação leva em consideração critérios como o relevo da área e a atividade econômica existente – com predominância agrícola.
“Nós temos a consciência do desafio que teremos a partir da liberação da licença, no sentido de garantir o entendimento contínuo dos donos de grandes e pequenos imóveis rurais, para que tenham condição de colocar em prática as diretrizes impostas nas condicionantes, mantendo a atividade em compatibilidade com o uso racional dos recursos naturais”, destacou Fraga.

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