segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Diário da CNBB

NOTÍCIAS
Papa ressalta o protagonismo dos jovens na Mensagem do Dia Mundial da Paz
JMJ 2013: Réplicas do Cristo Redentor serão expostas em várias partes do mundo
Em 2011, Santuário Nacional de Aparecida registrou mais de 10 milhões de peregrinos
Agenda Católica Mundial para 2012
Papa: "Preparemo-nos para iniciar 2012 repletos de gratidão"
"A vós, ó Deus": o significado do Te Deum
Arquidiocese do Rio de Janeiro inicia Causas de Beatificação
Curso de Especialização em Liturgia
JMJ Rio2013: réplica do Cristo Redentor fará mostra itinerante
Papa ressalta o protagonismo dos jovens na Mensagem do Dia Mundial da Paz
O tema do 45º Dia Mundial da Paz, comemorado tradicionalmente no primeiro dia do ano, teve como tema "Educar os jovens para a justiça e a paz”. O texto do papa Bento XVI ressaltou o protagonismo dos jovens, destacou a educação como prioridade e deixou os jovens mais animados com a Jornada Mundial da Juventude que acontece no próximo ano, na cidade do Rio de Janeiro.
O Dia Mundial da Paz é uma numa tradição iniciada com o papa Paulo VI, que dizia: “A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tinha a pretensão de ser qualificada como exclusivamente religiosa ou católica, mas, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz, como se tratasse de uma iniciativa própria".
O papa Bento XVI lembrou no texto de deste ano de 2012 que o jovem é um dos protagonistas da sociedade. Ele também afirmou que a sociedade está passando por uma grave crise cultural e antropológica, e que esta sociedade deve ouvir o que os jovens têm a dizer. “É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia. Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a mensagem para o 45º Dia Mundial da Paz de uma perspectiva educativa: ‘Educar os jovens para a justiça e a paz’, convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo”.
Nesta mesma mensagem, Bento XVI lembra a educação familiar como fundamental para a promoção da cultura da paz. “Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se veem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas”.
Por fim, o papa ressaltou que os jovens são um “dom precioso para a sociedade” e que a Igreja estará sempre ao lado deles. “Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz”.
Leia agora a mensagem do papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012:
Educar os jovens para a justiça e a paz
1. O início de um novo ano, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confiança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fique marcado concretamente pela justiça e a paz.
Com que atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor “mais do que a sentinela pela aurora” (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante.
É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia. Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: “Educar os jovens para a justiça e a paz”, convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.
A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, econômica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção de um futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade, mas um dever primário de toda a sociedade.
Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.
As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspetos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efetiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.
É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectiva abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver “coisas novas” (Is 42, 9; 48, 6).
Os responsáveis da educação
2. A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latina educere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe. E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. “É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro”.[1] Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.
Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se veem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.
Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.
Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar ativamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.
Dirijo-me, depois, aos responsáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito-dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Atuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idôneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência. Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos.
Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educativa. Na sociedade atual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de fato, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.
Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.
Educar para a verdade e a liberdade
3. Santo Agostinho perguntava-se: “Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade?”.[2] O rosto humano duma sociedade depende muito da contribuição da educação para manter viva esta questão inevitável. De fato, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que pertence. Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: “Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes?” (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que é o homem? O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o fato de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pessoa. Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. É preciso não esquecer jamais que “o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões”,[3] incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele econômico ou social, individual ou coletivo.
Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De fato, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e, sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.A liberdade é um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. “Hoje um obstáculo particularmente insidioso à ação educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma prisão, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de fato, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum”.[4]
Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado.[5] Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem caráter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.
Assim o reto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.
Educar para a justiça
4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as proclamações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência generalizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De fato, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se originariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa concepção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o horizonte da solidariedade e do amor.[6]
Não podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios econômicos racionalistas e individualistas, alienaram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora “a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e, sobretudo, por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo”.[7]
“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.
Educar para a paz
5. “A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da fraternidade”.[8] A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser ativos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos. “Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9).A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procurarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.
Levantar os olhos para Deus
6. Perante o árduo desafio de percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: “Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio?” (Sal 121, 1).
A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: “Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro, o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor?”.[9] O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).
Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.
Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo. Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.
Oh vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflexões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de “educar os jovens para a justiça e a paz”.

JMJ 2013: Réplicas do Cristo Redentor serão expostas em várias partes do mundo
A cidade do Rio de Janeiro se prepara para receber um dos maiores eventos da Igreja Católica de todos os tempos, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realizará de 23 a 28 de julho de 2013. Com a previsão de participação de milhões de jovens católicos, a JMJ já ganhou um embaixador: o Cristo Redentor.
Réplicas do monumento, com 3,8 metros de altura, serão expostas a partir de março em capitais de todo o mundo. A primeira cópia de um dos mais famosos cartões-postais da cidade será levada ao Vaticano.
Criadas por carnavalescos de escolas de samba, as réplicas da mostra itinerante “Cristo Redentor para Todos” também passarão por alguns estados brasileiros junto com os Símbolos da JMJ, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. A Comissão Especial da Jornada Mundial da Juventude – formada por representantes dos governos federal, estadual e municipal e da arquidiocese do Rio de Janeiro – conta com grupos de trabalho para melhorar a logística da cidade e disponibilizar acomodações, além de preparar a cidade para a visita do papa Bento XVI, que participará da JMJ.
A programação do evento inclui catequeses, palestras, shows e um encontro com o Santo Padre. Também está prevista a instalação de 27 palcos, espalhados por toda a Cidade Maravilhosa, que representarão os estados brasileiros. Entre os espaços estudados para receber a jornada estão o Aterro do Flamengo, Centro, Barra e Santa Cruz.
"A Jornada Mundial da Juventude é uma grande oportunidade para revigorar a fé, a participação e, principalmente, para mostrar o rosto jovem da Igreja para o mundo inteiro", disse o presidente do Comitê Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude do Rio e arcebispo metropolitano, dom Orani João Tempesta.
O trabalho dos organizadores da JMJ foi elogiado pelo presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, cardeal Stanislaw Rylko. "Devemos destacar a grande disponibilidade das autoridades civis brasileiras que trabalham para suprir as necessidades organizacionais ditadas pela JMJ", afirmou o cardeal.

Em 2011, Santuário Nacional de Aparecida registrou mais de 10 milhões de peregrinos
O Santuário Nacional de Aparecida, que fica na cidade de Aparecida do Norte (SP), recebeu no ano de 2011 um total de 10.885.878 milhões de visitantes até o último sábado, dia 31 de dezembro. Nesse ano, o mês que registrou o maior número de visitantes foi outubro, quando atingiu a marca de 1.235.242 milhão de devotos.
No dia mais movimentado do ano, 13 de novembro, o Santuário acolheu quase 200 mil devotos. Este foi o fim de semana prolongado em que o Santuário Nacional acolheu jovens de todas as partes do Brasil para a terceira Romaria Nacional da Juventude, ocasião em que recebeu os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
No período de férias, os peregrinos também movimentaram o maior santuário dedicado a Maria do mundo. Em clima de fraternidade, mais de 1 milhão de pessoas passaram pelo Santuário no mês de julho.
Para o reitor do Santuário Nacional, padre Darci Nicioli, O santuário encerrou o ano com muitas bênçãos. “2011 foi um ano abençoado. Vimos a grande participação dos romeiros durante a semana, o que nos compele a repensar nossa estratégia de acolhimento. De qualquer forma, o santuário estará sempre preparado para receber os filhos e filhas da Mãe de Deus”, disse o padre Darci.
No 1º semestre, o Santuário recebeu mais de 4 milhões de visitantes. Já no 2º semestre foram registrados 6.616.756 milhões de visitas.
De acordo com relatório anual do departamento de Segurança Patrimonial, os meses de maior movimento deste de ano de 2011 foram: setembro com 1.141.731 visitantes, outubro com 1.235.242, novembro com 1.196.942 e dezembro com 1.140.371.
Ao todo, o ano de 2011 registrou um movimento de 505.705 devotos a mais que o ano de 2010.

Agenda Católica Mundial para 2012
A comemoração do 50.º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II com um 'Ano da Fé' e a realização de um Sínodo dos Bispos sobre a 'Nova Evangelização' são pontos centrais da agenda católica mundial para 2012.
Para o teólogo João Duque, presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa (UCP), considera que estes são momentos que podem promover uma "redescoberta da identidade".
"Penso que estes 50 anos de distância nos permitirão uma reflexão que conduza o Concílio aos seus núcleos fundamentais e permita compreender quais os seus contributos para a profunda transformação da Igreja, no permanente caminho de aproximação à sua identidade e aproximação ao mundo, para o qual existe", sublinha o especialista, em texto publicado no semanário Agência ECCLESIA.
"Nessa redescoberta, considero fundamental a orientação da fé, pois é nela que se encontra a base da correta ou incorreta realização do que pretendeu o Concílio", acrescenta.
Bento XVI anunciou, em outubro deste ano, a convocação de um 'Ano da Fé' entre outubro de 2012 e novembro de 2013, para assinalar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965).
Na carta apostólica 'A porta da fé', o Papa explica os objetivos da iniciativa: "Pareceu-me que fazer coincidir o início do ano da fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos padres conciliares".
Também em 2012, de 7 a 28 de outubro, vai ter lugar a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada ao tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã".
O texto preparatório desta reunião magna destaca que, desde o Concílio Vaticano II até hoje, "a nova evangelização se propôs, cada vez mais com maior lucidez, como o instrumento" para enfrentar "com os desafios de um mundo em acelerada transformação".
Elias Couto, editor da revista digital 'Cristo e a Cidade' (http://www.cristoeacidade.com/) e colaborador habitual da Agência ECCLESIA, sublinha a "crise da fé", na Europa, e diz que "a criação do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, por Bento XVI", juntamente com a realização do próximo Sínodo, representam "uma tentativa de «forçar» o andamento", dada a "urgência da situação".
"Não se trata de uma estratégia, mas do regresso à originalidade da fé e à capacidade de síntese que fez das primeiras Igrejas poderosos focos geradores de cultura, uma cultura nova que reinventou o mundo antigo", assinala, acrescentando que "a nova evangelização é um dever da Igreja face à antiga Europa cristã".

Papa: "Preparemo-nos para iniciar 2012 repletos de gratidão"
No último dia do ano de 2011, Bento XVI presidiu à celebração das Vésperas na Basílica Vaticana. Em sua homilia, o Papa fez uma reflexão sobre este ano que está prestes a se concluir, momento em que renovamos nossos desejos e expectativas.
A brevidade da vida nos faz questionar sobre seu real sentido – pergunta presente no coração de toda geração e todo ser humano. A resposta nos foi dada dois mil anos atrás, no rosto de um Menino. "No tecido da humanidade dilacerada por tantas injustiças, maldades e violências, irrompe de maneira surpreendente a novidade jubilosa e libertadora de Cristo Salvador", disse o Pontífice.
Com a sua encarnação, não existe mais espaço para a angústia diante do tempo que escorre e não volta mais; agora, existe espaço para uma ilimitada confiança em Deus, para o qual vivemos e ao qual a nossa vida está orientada à espera do retorno definitivo.
"Desde que o Salvador desceu do Céu, o homem não é mais escravo de um tempo que passa sem um motivo, ou que é marcado pelo cansaço, pela tristeza e pela dor. O homem é filho de um Deus que resgatou toda a humanidade, doando-lhe o amor, que é eterno, como nova perspectiva de vida."
"Te Deum laudamus!" A Vós, ó Deus, louvamos! Bento XVI recordou que a Igreja nos sugere de não concluir o ano sem deixar de dirigir ao Senhor o nosso agradecimento por todas as suas graças.
"Por isso cantamos o Te Deum. Com o ânimo cheio de gratidão, nos preparamos para atravessar o limiar do ano de 2012, recordando que o Senhor vela sobre nós e nos protege. A Ele queremos confiar o mundo inteiro. Coloquemos em suas mãos as tragédias deste nosso mundo e ofereçamos também as esperanças por um futuro melhor."
(BF)

"A vós, ó Deus": o significado do Te Deum
O Papa Bento XVI  presidiu as primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria Santíssima Mãe de Deus na Basílica de São Pedro, no final da tarde do último dia do ano. Em seguida, o Santíssimo Sacramento foi exposto, cantou-se o hino do Te Deum de agradecimento e o Pontífice concede a Benção Eucarística.
Te Deum é um hino litúrgico tradicional, e seu texto foi musicado por vários compositores, entre eles Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Joseph Haydn, Hector Berlioz, Anton Bruckner, Antonín Dvorák, e até o imperador Pedro I do Brasil.Como surgiu o Te Deum? Qual o seu significado? Quem responde é Dom José Palmeiro, abade emérito do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.“É um hino muito antigo, alguns atribuem até a Santo Ambrosio, Santo Agostinho, não é certo, mas já no século VI, São Bento mencionou o Te Deus. É um hino de louvor a Deus, de agradecimento. Este nome vem por causa das palavras iniciais, Te Deum laudamos, “a vós ó Deus louvamos”, e tem um sentido trinitário porque menciona três pessoas, fazendo com que nós nos unamos aos anjos quando dizem “A Ti todos os Anjos, a Ti os céus, e todas as potestades, a Ti os querubins e os serafins aclamam”. “Então nos unimos à aclamação dos anjos a Deus, “Santo santo santo” - como na missa. É uma melodia muito bonita. Com este canto, também pedimos que venhas em socorro de teus servos. “Faze que com os teus santos sejamos levados à glória eterna”.“Aqui no mosteiro nós cantamos na noite do dia 31, no final da vigília. Não é popular como já o foi. Antigamente era comum; por exemplo, na história do Brasil, vemos que Dom João VI chegou ao Brasil e logo após desembarcar foi para a catedral e lá houve o canto do Ter Deum. Dom Pedro, I Dom Pedro II visitavam as cidades e eram recebidos com o canto do Te Deum. Não se celebravam missas, mas o Te Deum. Era incrementado por uma homilia, por algum canto, por uma celebração litúrgica. Isso no século XIX, depois se perdeu. Hoje em dia é prescrito para o Ofício Divino aos domingos e festas e solenidades; é o equivalente ao Glória da Missa. Há uns anos atrás, Paulo VI e JPII iam à igreja dos jesuítas, Igreja do Jesus, em Roma, no último dia do ano e dirigiam o Te Deum. Muitas vezes o Te Deum se faz durante a exposição do Santíssimo Sacramento”.Segue a tradução em português do texto original do Te Deum:A VÓS, Ó DEUSA Vós, ó Deus, louvamos e por Senhor nosso Vos confessamos.A Vós, ó Eterno Pai, reverencia e adora toda a Terra.A Vós, todos os Anjos, a Vós, os Céus e todas as Potestades;A Vós, os Querubins e Serafins com incessantes vozes proclamam:Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos!Os Céus e a Terra estão cheios da vossa glória e majestade.A Vós, o glorioso coro dos Apóstolos,A Vós, a respeitável assembleia dos Profetas,A Vós, o brilhante exército dos mártires engrandece com louvores!A Vós, Eterno Pai, Deus de imensa majestade,Ao Vosso verdadeiro e único Filho,digno objeto das nossa a adorações,Do mesmo modo ao Espírito Santo, nosso consolador e advogado.Vós sois o Rei da Glória, ó meu Senhor Jesus Cristo!Vós sois Filho sempiterno do vosso Pai Omnipotente!Vós, para vos unirdes ao homem e o resgatardesnão Vos dignastes de entrar no casto seio duma Virgem!Vós, vencedor do estímulo da morte,abristes aos fiéis o Reino dos Céus,Vós estais sentado à direita de Deus,no glorioso trono do vosso Pai!Nós cremos e confessamos firmementeque de lá haveis de vir a julgar no fim do mundo.A Vós portanto rogamos que socorrais os vossos servosa quem remistes como vosso preciosíssimo Sangue.Fazei que sejamos contados na eterna glória,entre o número dos vossos Santos.Salvai, Senhor, o vosso povo e abençoai a vossa herança, E regei-os e exaltai-os eternamente para maior glória vossa.Todos os dias Vos bendizemos E esperamos glorificar o vosso nome agora e por todos os séculos.Dignai-Vos, Senhor, conservar-nos neste diae sempre sem pecado.Tende compaixão de nós, Senhor,compadecei-Vos de nós, miseráveis.Derramai sobre nós, Senhor, a vossa misericórdia,pois em Vós colocamos toda a nossa esperança.Em Vós, Senhor, esperei, não serei confundido.

Arquidiocese do Rio de Janeiro inicia Causas de Beatificação
A Arquidiocese do Rio de Janeiro caminha para ter seus próprios santos. A vida e as virtudes cristãs dos cinco primeiros candidatos já estão sendo pesquisadas. Eles contemplam segmentos diferentes no contexto social e eclesial: um casal, uma princesa, uma religiosa, um seminarista e uma adolescente.
Apesar das diferenças de tempo, idade e estado de vida, todos foram chamados à mesma dimensão da vocação comum à santidade.
Uma das mais conhecidas, já venerada pelo povo, é Zélia Pedreira de Castro Abreu Magalhães, uma esposa, mãe e religiosa que direciona tudo e a todos a Deus. Falecida com fama de santidade, seus restos mortais encontram-se na Igreja Nossa Senhora de Copacabana.
A pesquisa histórica sobre Zélia e seu esposo, Jerônimo de Castro Abreu Magalhães, está sendo feita por uma comissão arquidiocesana, instalada no dia 23 de dezembro pelo arcebispo Dom Orani João Tempesta. Realizada no Palácio São Joaquim, na Glória, a posse canônica contou com a presença do postulador italiano Paolo Vilotta, da Congregação para a Causa dos Santos.
Recordando a afirmação do Papa João Paulo II, em uma de suas visitas ao país, de que o “Brasil precisa de santos, muitos santos”, Dom Orani manifestou sua alegria pela instalação da comissão, agradecendo a todos os envolvidos pelo empenho em assegurar e trabalhar por todas as etapas, do “nihil obstat” de Roma até a conclusão dos processos.
“O exemplo dos santos fortalece a Igreja e contribui na sua ação evangelizadora, que tem como missão o anúncio de Jesus Cristo. Agradeço a Deus pelas inúmeras pessoas, que aos poucos vamos tomando conhecimento, que morreram em fama de santidade em nossa arquidiocese. São pessoas próximas, que viveram entre nós, e agora são cogitadas a serem reconhecidas pela Igreja. Os candidatos que temos demonstram que a vida de santidade é possível para todos” - afirmou o arcebispo.
A princípio, a pesquisa seria direcionada somente à Zélia (1857-1919), que depois de consagrar os seus nove filhos a Deus no sacerdócio e na vida religiosa e com a morte de seu esposo, terminou também os seus dias como professa na Congregação das Servas do Santíssimo Sacramento (Sacramentinas), adotando o nome de irmã Maria do Santíssimo Sacramento.
“Fizemos opção pelo processo da Zélia e do Jerônimo, já que ambos tinham uma vida santa no tempo em que viveram. A arquidiocese tem interesse em apresentar o casal, que nasceu no Estado do Rio de Janeiro, e que pode ser um referencial de valores para a sociedade hodierna” - disse o vigário episcopal para a Vida Consagrada na arquidiocese, o beneditino Dom Roberto Lopes, responsável por acompanhar as pesquisas e as etapas dos processos dos candidatos.
Além dos nossos conhecidos santos: Frei Galvão e Madre Paulina, existem no Brasil mais de 70 processos em curso para beatificação ou canonização. O postulador Paolo Vilotta está cuidando de 25 casos, entre os quais os dos Padres Albino, Victor, Donizetti e Manuel Gonzalez, as religiosas Maria Teodora Voiron, Benigna e Dulce da Bahia, as leigas Nhá Chica e Albertina e um bispo, Dom José Antônio do Couto, de Taubaté (SP).
“Não havia na Igreja do Brasil a exigência por santos nativos, já que eram importados da Europa. A partir do Papa João Paulo II, a Igreja em todo o mundo e, principalmente no Brasil, tem trabalhado com mais afinco para elevar homens e mulheres com fama de santidade até aos altares. Esperamos que nosso trabalho possa ter bons resultados, e assegurar novos santos brasileiros” - disse o postulador.

Curso de Especialização em Liturgia
Depois de alguns anos de interrupção, o Centro de Liturgia "Dom Clemente Isnard" vai realizar, a partir de julho de 2012, seu curso de especialização em Liturgia no qual se preparavam para o mestrado e doutorado dezenas de estudantes em ciência litúrgica.
O curso, em nível de pós-graduação lato sensu, se realizará em três etapas em três meses de julho consecutivos no campus Pio XI da Unisal, no alto da Lapa, em São Paulo.

Para mais informações:
Pe. Gregório Lutz
(011) 2062 5095
email: g.lutz@ig.com.br

JMJ Rio2013: réplica do Cristo Redentor fará mostra itinerante
O monumento do Cristo Redentor vai ser o embaixador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho de 2013. O maior cartão postal do Brasil foi escolhido para levar o nome da cidade aos quatro cantos do mundo em uma exposição itinerante, que foi oficialmente lançada no último dia 21 de dezembro, no Palácio Laranjeiras. A réplica da imagem, que tem mais de três metros de altura, passará também por alguns estados brasileiros junto da Cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora, que preparam o coração da juventude para a JMJ.
Segundo o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, levar a imagem do Redentor a tantos países, simbolizando o Mundo inteiro nessa exposição itinerante, mostra como o Rio de Janeiro é acolhedor.
O Cristo é o símbolo maior do Rio de Janeiro e, dessa maneira, ele é não somente um receptor de todos os turistas e peregrinos, como ele também, com os seus braços abertos, avança em direção às demais culturas e países, mostrando que o Rio é uma cidade aberta e acolhedora, afirmou.
A exposição “Cristo Redentor para Todos” ainda não teve a programação divulgada, mas de acordo com o diretor-geral do projeto dos 80 anos do Cristo Redentor, Eduardo Maruche, a mostra trará a história do monumento e também apresentará em workshops informações sobre o Rio de Janeiro. A cidade será apresentada como aquela que congrega belezas naturais, tem valores importantes e está recebendo uma ótima infra-estrutura de acolhimento e segurança para o evento mundial de 2013.
A exposição vai contar também toda a trajetória do Cristo Redentor, desde a sua criação até os dias de hoje. Isso é muito importante porque muita gente acha que o Cristo foi uma doação dos franceses. Então contaremos que o Monumento foi criado por brasileiros e que tem uma gestão da Igreja católica - afirmou.
As informações são do site da Arquidiocese do Rio de Janeiro

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