quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Negociação antecipada segura preços da ceia de Natal

Grandes supermercados esperam aumento de até 37% nas vendas de produtos natalinos
Apesar do dólar, redes que já fecharam encomendas de importados cobrarão os mesmos preços do Natal de 2010

Fabiana Ribeiro fabianar@oglobo.com.br - Grandes redes de varejo anteciparam negociações com fornecedores e prometem garantir aos brasileiros produtos importados da ceia de Natal com preços similares aos do fim do ano passado. Assim, bacalhau, frutas secas, vinhos e azeites, em supermercados maiores, não vão sofrer os efeito da alta do dólar - que, apenas em setembro, acumula alta de 17,07%. No ano, a valorização é de 11,94%.
É o caso do Grupo Pão de Açúcar - com as bandeiras como Pão de Açúcar, Extra, Sendas e CompreBem - que encerrou as negociações há quase um ano. Com isso, a importação foi feita com um dólar mais baixo. A companhia espera ampliar em até 37% as vendas de frutas secas (noz, avelã e uva passa) frente a igual período do ano passado. A alta da oferta de vinhos deve ficar em torno de 15%. Já a expectativa para crescimento da venda de peixes, entre eles o bacalhau, é de 10%.
- O estoque para o Natal já foi negociado e está praticamente todo pago. Não haverá alterações nos preços devido à alta do dólar. Se o dólar permanecer nesse patamar de R$1,80 por mais tempo, os efeitos para o consumidor devem começar a aparecer em janeiro e fevereiro. Mas não acreditamos nisso: esse movimento do dólar não deve se sustentar - disse Sandro Benelli, o diretor de Comércio Internacional do Grupo Pão de Açúcar.
Apesar do porte menor do que a companhia de Abilio Diniz, a rede Zona Sul também fechou parte de suas encomendas para o Natal mais cedo e, com isso, os consumidores vão pagar praticamente o mesmo preço de 2010 por bacalhau, frutas secas, vinhos e azeites. Os panetones italianos já começaram a chegar nas lojas da rede.
- A alta do dólar neste momento não gera interferência. Os importados ainda deverão se manter atrativos ao consumidor em comparação aos nacionais - disse Pietrangelo Leta, diretor do Zona Sul, que prevê expansão de 15% nas vendas dos artigos de fim de ano neste 2011.

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