quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"Jardim das flores"... Anunciando a primavera: Exposição de Pinturas de Jane Hilda Badaró Mourão


Na Galeria do teatro Municipal de Ilhéus, de 16 a 29 de setembro
Passeio mágico
A artista plástica Jane Hilda abre em 16 de setembro, às 18.30 horas, na Galeria do Teatro Municipal de Ilhéus, o portal do JARDIM DAS FLORES. Seu mundo é mágico, nele, o inusitado, o lúdico e o místico se encontram em meio a cores e formas. Primitivista e detentora de traços naif, Jane Hilda realiza sua primeira exposição individual que se estenderá de 16 a 29 de setembro. No “Templo do Arco-Íris”, uma de suas telas, a benção do Sol.
É isso mesmo, suas telas, ao todo 40, levam o público por caminhos distintos e individuais, subjetivos e específicos, assim como, por estradas largas e coletivas onde todos se encontram. Usando simbologia, Jane Hilda pinta a natureza com a beleza que seu coração enxerga. A espiritualidade é marcante.
O Menino Jesus nas mãos de Nossa Senhora é tocante. Em “Morada da Lua”, a suavidade e o conforto da natureza. O encanto se manifesta sob os traços de Jane Hilda, carioca de nascimento, mas, filha de tradicionais famílias de Ilhéus, os “ Bastos Mendonça” e “Badaró”, essa última, retratada em livros de Jorge Amado. O passado se transforma.
A tradição, os fundamentos religiosos do povo brasileiro se encontram em meio a flores que dançam e conversam. É para chamar essa sensibilidade e reforçar o inconsciente coletivo que ela pinta. “ Todas essas forças estão dentro de nós mesmos e na própria natureza” – garante. “As pessoas poderão se ver nas telas”.
E é essa mesma natureza que se transforma em ballet nos pincéis da artista. “A Rosa Encantada” saúda a “Mãe D`Água” “Quando Gira o Sol”. O artista plástico e ator grapiúna José Delmo, , comentou: “ que bom que a primavera chegou carregada de flores e cores pelo pincel da primorosa artista plástica”.
Também o artista plástico, músico e professor de Direito, Sérgio Ramos, avalizou: “ as pinturas de Jane Hilda apresentam forte tendência emotiva, sentimentalista e com unidade de estilo. A depuração das formas concretas transforma os elementos do imaginário humano em amadurecimento no trato artístico. Cria no expectador a vontade de apreciar simultaneamente todo o conjunto da obra”.
A exposição tem o apoio cultural da Fundação Cultural de Ilhéus, Arte Digital, Delícias Caseiras e Biboca Master.
Trajetória
Jane veio para Ilhéus (BA) aos nove meses. Adolescente participa do movimento teatral da cidade, na época, efervescente. Chega pelas mãos do diretor Pedro Matos, protaconiza a Mãe Dágua, na peça “ Lampiaço, o Rei do Cangão”, e performance em “Máscaras em Procissão”. A música e a poesia também a atraem. Tem participações em shows e coletâneas regionais. Em 1983 integra coletiva “Janelas Abertas” na Galeria do Teatro Municipal de Ilhéus. Pintava em preto e branco. Dedicava-se também ao jornalismo como uma das editoras da ILHÉUS REVISTA, patrimônio da família, ao lado da mãe Janete Badaró e dos irmãos Jane Kátia e Beto Badaró.
A Ilhéus Revista marcou tempo e hoje é importante fonte de pesquisa sobre a vida cultural, social e econômica de Ilhéus entre as décadas de 70 e 90. Janete Badaró é da Academia de Letras de Ilhéus. Publicou os livros “Máscaras em Procissão” e “Momentos”. A Ilhéus Revista teve como articulistas profissionais e pensadores do porte de:
Valério de Magalhães, Jonildo Glória, Roberto Rabat, Roberto Santana, Maurício Maron, José Aderven, Cyro de Matos, Josevandro Nascimento, Maurício Corso, Raimundo Sá Barreto, Marlove Quadros, Anísio Cruz, Ana Virgínia Santiago, Pedro Matos, Gilton Bomfim, Charles Henri, Tinô, Maria José Brandão, Wilson Rosa, Ruy Carlos Carvalho, Barão de Popof, Jamil Ocké, Francolino Neto, Jane Suely, José Carlinhos, Macalé, Hans Schaeppi, Yolando Souza, Vily Modesto, Alberto Hoisel, Baísa Nora, Maria Luíza Heine, Dorival de Freitas, dentre tantos outros.
Jane Hilda atuou ainda como assessora de Imprensa da Fundação Cultural de Ilhéus, sob coordenação de Raymundo Pacheco Sá Barreto. A equipe da FUNDACI era formada por Maurício Corso, diretor do Teatro Municipal, Pedro Matos, Maria Schaun, Pawlo Cidade, dentre outros. Em 2000 inicia a série “Jardim das Flores”, com exposição na Casa dos Artistas de Ilhéus.
Formada em Direito em 1991, obteve o título de Mestre em 2003. É advogada e professora concursada da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Hoje é coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica/Escritório Modelo da UESC. Antes atuou como coordenadora do Colegiado do Curso de Direito da UESC e foi coordenadora editorial da Revista Jurídica DIKÉ. Por 10 anos tais atividades a mantiveram distante das tintas, telas e pincéis.


A inspiração contida explode em 2011 ao reiniciar a série “Jardim das Flores”, título dessa exposição. Autodidata, sua arte é livre, pura. Mergulha no imaginário, no místico e no espiritual, legítimas fontes de inspiração. Usa cores fortes e vibrantes, traços primitivos e estilo figurativo. As telas de Jane Hilda são, antes de tudo, a expressão de seu espírito.
Relação de algumas telas em exposição
Aclamação, Prisma de Luz, Rosa da Vida, Morada da Lua, Quando Gira o Sol, Onde Reina o Girassol, Jardim das Flores, Templo do Arco-Íris, Sob a Estrela do Norte, Beijando a Rosa, A Coroa, Saudação, Cósmica, Lilás, Serena, Conforto, De Sol e de Lua, Zelando com Amor, Ternura, Beija-Flor, A Rosa Encantada, Tá caindo fulô, Mãe D”água, Encantamento, Rosa do Mar, Por si Sol, Conversa das Flores, Ballet da Natureza.

Um comentário:

  1. Parabéns à colega Jane Hilda, sempre muito talentosa em tudo o que se destina a realizar.

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