sexta-feira, 18 de março de 2011

Volta às aulas pede exame com médico oftalmologista

Embora as aulas tenham começado oficialmente em fevereiro, somente a partir de março, após o carnaval, os estudantes começam as atividades letivas pra valer. Mas não é preciso esperar tanto tempo para observar questões sobre a saúde do seu filho. É justamente após as férias, com o início da fase escolar, quando algumas crianças apresentam dificuldades de visão, que podem ser facilmente detectadas por professores.
Segundo o oftalmologista Antônio Nogueira, do Centro de Olhos Especializado (CENOE), na escola é fundamental que os professores acompanhem certos comportamentos das crianças, como apertar os olhos, por exemplo. “Podem ficar atentos que o efeito é característico de problema visual e pode significar que a criança não esteja enxergando o que está no quadro. Outra questão são olhos vermelhos. Se os pais observam que a criança está chegando em casa com os olhos vermelhos, é também uma característica de quem está forçando a visão”, alerta ele.
O especialista destaca ainda as dores de cabeça, especialmente desenvolvidas durante o período na escola, como sinais de problemas na visão. “Sem ser aquela dor que a mãe manda bilhete para avisar ou que aparece quando a criança não consegue realizar uma atividade. Se o aluno apresentar uma dor que surge geralmente ao final do dia, pode solicitar que a mãe o leve a um oftalmologista, ao invés de só aplicar um analgésico”, avisa Nogueira.
Trocar letras como “b” por “p”, “m” por “n” ou “c” por “s” é comum no início da fase escolar. Mas, quando a criança começa a trocar letras de forma incomum, pode ser indicativa de astigmatismo. “Quando há um ‘v’, por exemplo, o portador de astigmatismo acaba vendo a letra “w”. Não é uma troca, é uma duplicação de letras”, esclarece o oftalmologista. Ele lembra, ainda, que o astigmatismo também distorce a visão, fazendo com que a criança confunda “h” com “n”. “Se a criança é ativa, de fácil aprendizado e, de repente, começa a trocar letras, pode levá-la ao especialista”, frisa.
Outro sinal de dificuldade de visão é observado naquelas crianças que copiavam lições do quadro com agilidade e, de repente, ficam mais lentas e dispersas. “Nem sempre é falta de disciplina. Esse comportamento também pode ser sinal de dificuldade para enxergar”, afirma.

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