terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Cáritas Brasileira inicia mutirão de plantio de mudas na Vila Cachoeira, em Ilhéus

Moradores das comunidades de Vila Cachoeira, em Ilhéus, e Cajazeiras, em Dário Meira, estado da Bahia, darão mais um passo importante rumo à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em seus territórios. Na quarta-feira, as comunidades estiveram reunidas para iniciar mais uma ação do projeto CUIDAR: Comunidades Unidas pela Prevenção de Desastres em Ilhéus e Dário Meira, na Bahia.
Foi plantada a primeira muda de árvore, um ipê amarelo, para recuperação da mata ciliar da Vila Cachoeira, próxima ao grande pé de tamarindo da Rua Beira Rio, número 1.
A atividade de plantio da “pedra fundamental” da iniciativa será acompanhada por representantes da Cáritas Brasileira e Cáritas Regional Nordeste 3, entidades realizadoras do projeto CUIDAR, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), financiadora da iniciativa, além da Defesa Civil do município.
O plantio das demais mudas terá continuidade em abril, após mapeamento e análise de solo realizado pela Ambientar Engenharia Jr., empresa júnior da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Serão mais de 60 mudas de espécies frutíferas doadas pela Ambientar e pela CVR Costa do Cacau – Gerenciamento de Resíduos, a serem cultivadas na margem do rio Cachoeira.
“Os efeitos das cheias abruptas de rios são minimizados quando a mata ciliar, ou a vegetação da margem, está preservada, cenário raro devido à degradação provocada por grandes empreendimentos sobre os nossos biomas”, explica Lucas D’Ávila, assessor nacional ligado à área de Meio Ambiente, Gestão de Riscos e Emergências (MAGRE) da Cáritas Brasileira.

'Dia D' contra a dengue será em 2 de março

Mulher segura um mosquito transmissor
da dengue com uma pinça
 Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

(G1) - 6 estados do país (AC, GO, MG, ES, RJ e SC) e o Distrito Federal já declararam emergência em saúde pública por causa da dengue, segundo informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira (27).
Para conter o avanço da doença, a pasta também divulgou que irá implementar um "Dia D" de mobilização nacional contra a dengue, no próximo sábado, dia 2 de março, com o tema "10 minutos contra a dengue", em alusão ao período diário dedicado à eliminação do mosquito transmissor.
"[Será] um momento de atenção do país, de atenção das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, de um monitoramento muito próximo ao que está acontecendo nas diferentes regiões, estados e municípios", disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, numa coletiva de imprensa em Brasília.

Lula assina retirada de trechos da MP e envia projeto de lei em regime de urgência para reoneração da folha​​

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, na noite desta terça-feira (27), a revogação dos trechos da medida provisória que reonerava a folha de pagamento para 17 setores da economia.
Esses dispositivos foram remanejados para um projeto de lei, também assinado por Lula, que será encaminhado para o Congresso Nacional em regime de urgência.
Dois outros pontos da MP 1202 – o fim antecipado do Perse (programa de socorro ao setor de eventos) e o estabelecimento de limites às compensações tributárias – continuarão valendo.
As mudanças foram anunciadas pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em vídeo distribuído pelo Palácio do Planalto.
“Isso nos permitirá continuar tratando, no âmbito da medida provisória, discutindo e negociando com o Congresso Nacional os pontos relacionados ao Perse […] e também o tema das compensações tributárias”, afirmou Padilha.

Uesc cria Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Permanência Estudantil na Uesc

Em sua primeira sessão ordinária da nova gestão dos professores Alessandro Fernandes e Mauricio Moreau, iniciada no dia 2 de fevereiro, o Conselho Universitário (Consu) da Universidade Estadual de Santa Cruz reuniu-se durante a tarde do dia 8 (quinta-feira) para discutir pauta extensa que incluiu a criação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Permanência Estudantil (Proape), conforme a Resolução nº 01/2024.
A nova Pró-Reitoria assume as funções da Assessoria de Assistência Estudantil (Assest) e absorverá sua estrutura. Será instância de planejamento, execução e avaliação das políticas voltadas para a democratização do acesso à Universidade, à inclusão educacional, a assistência, a permanência estudantil da graduação e pós-graduação da Uesc.
A Proape terá como atribuições propor, planejar, coordenar, executar e acompanhar as políticas de ações afirmativas, inclusão educacional, educação continuada, mobilidade PCD, bem como as de assistência estudantil, com a responsabilidade de gerir programas, projetos, ações, bem como efetivar o planejamento orçamentário e a execução financeira dos recursos respectivos.
A criação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Permanência Estudantil está em consonância com as diretrizes e metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional da Uesc e faz parte do programa da atual gestão.

domingo, 28 de janeiro de 2024

Vaticano divulga materiais de apoio e reflexão para 2024, o “Ano da Oração” em preparação ao jubileu 2025

São mais de 700 pessoas da Santa Sé envolvidas em várias funções, 200 reuniões e visitas realizadas, o trabalho dos vários grupos de trabalho, as negociações com o governo italiano e com o município de Roma; 208 referentes das dioceses italianas reunidos e 90 referentes das Conferências Episcopais de todo o mundo: estes são apenas alguns dos números que falam dos esforços em andamento para organizar os grandes eventos do Jubileu 2025, cuja preparação é confiada ao Dicastério para a Evangelização. Além disso, de acordo com um estudo recente, 32 milhões de pessoas, incluindo um milhão e meio de jovens, possivelmente virão a Roma para essa ocasião.
Esses números foram apresentados na terça-feira, 23 de janeiro, na Sala de Imprensa da Santa Sé, quando foi apresentado o Ano de Oração em preparação ao Jubileu de 2025 e os subsídios disponíveis às Igrejas locais para a sua celebração. Na coletiva de imprensa, o pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, dom Rino Fisichella, e o subsecretário, dom Graham Bell, enfatizaram a dimensão espiritual do evento jubilar, da qual a oração é uma condição essencial.
Dom Fisichella, pró-prefeito do próprio Dicastério, enfatizou no início da coletiva de imprensa que o Jubileu não é apenas os grandes canteiros de obras que afetam a cidade, não é apenas a organização de uma série de eventos, mas é um momento que deve enriquecer espiritualmente “a vida da Igreja e de todo o Povo de Deus, tornando-se um sinal concreto de esperança” e, para isso, deve ser preparado e vivido “nas próprias comunidades com aquele espírito de expectativa típico da esperança cristã” e o Ano de Oração 2024 “vem corresponder plenamente a essa necessidade”.
Um Ano para evidenciar o aspecto espiritual do Jubileu

Reitor coloca Uesc em alerta para atender moradores do Salobrinho

Ribeirinhos podem ser atingidos novamente pelo Rio Cachoeira
Em consequência do aumento do volume de água no Rio Cachoeira, conforme monitoramento que está sendo feito em toda Região Sul da Bahia apontando eminente risco de inundações, o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes, colocou a instituição em alerta e solidariedade à população ribeirinha residente no bairro Salobrinho.
Com esse objetivo, veículos e, caso haja necessidade, preparar espaços apropriados para alojamento. O professor Alessandro pede para que a população fique atenta às informações, principalmente os moradores do bairro onde está situada a Universidade. Estou torcendo e orando para que nada disso seja necessário. Mas a nossa Universidade sempre está solidária a população”, disse o reitor.
Nas últimas cheias do Rio Cachoeira a Uesc, por iniciativa da sua reitoria, recebeu desabrigados do bairro Salobrinho em seu Campus que ficaram alojadas no Parque Desportivo e em alguns Pavilhões da Universidade.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Inscrições abertas para o Sisu 2024, Uesc oferece 1.746 vagas

Os candidatos que desejam ingressar nos cursos disponibilizados pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), devem realizar as inscrições por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2024, a partir desta segunda-feira, 22 de janeiro, até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 25 do mesmo mês, através Portal Único de Acesso ao Ensino Superior (https://sisualuno.mec.gov.br/).
A Uesc, que é a primeira colocada entre as universidades estaduais baianas e segunda entre todas da Bahia, atrás apenas da Universidade Federal da Bahia (Ufba) no Ranking Universitário Folha (RUF) de 2023, oferece 1.746 vagas distribuídas nos 34 cursos de graduação presenciais nesta edição do Sisu.
Dentre os cursos de Bacharelado ofertados pela Uesc estão: Administração, Agronomia, Biomedicina, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Ciências Econômicas, Comunicação Social, Direito, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Física, Geografia, Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações Internacionais, Medicina, Medicina Veterinária, Matemática e Química.
A cartela de cursos de Licenciatura da Universidade inclui: Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Pedagogia e QuímicaDe acordo com o reitor Alessandro Fernandes de Santana, o curso de Psicologia, aprovado pelo Conselho Universitário (Consu), terá a implantação de sua primeira turma a partir de 2025. Acesse o site da Uesc para mais informações sobre a seleção.
A inscrição para o Sisu é gratuita e realizada, exclusivamente, pela internet, por meio dos serviços digitais do Governo Federal (gov.br). A edição terá somente uma etapa de inscrição de candidatos às vagas ofertadas pelas instituições participantes para todo o ano. Serão oferecidas vagas de cursos com início previsto das aulas tanto para o primeiro quanto para o segundo semestre de 2024, de acordo com os TAs assinados pelas instituições de ensino superior que aderiram à seleção.   
Para participar do processo seletivo do Sisu 2024, é necessário que o candidato tenha participado da edição de 2023 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), bem como não ter zerado a prova de Redação, conforme a Portaria MEC n. 391/2002, e não tenha participado do Enem 2023 na condição de treineiro – candidato que não concluiu o ensino médio e participa do exame para fins de autoavaliação.  
Novidades – Em 2024, o Sisu seguirá as alterações estabelecidas na nova Lei de Cotas. Assim, todos os candidatos inscritos no Sisu serão classificados conforme o seu desempenho no Enem, primeiramente na modalidade de ampla concorrência. Em seguida, é prevista a reserva de vagas ofertadas pela Lei de Cotas e pelas políticas de ações afirmativas das instituições de ensino. O objetivo é beneficiar, sem distorções, os candidatos realmente demandantes de política compensatória para acesso ao ensino superior.  
Todas as instituições de educação superior participantes do Sisu 2024 seguirão os dados de distribuição de vagas conforme os percentuais atualizados do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A oferta de vagas reservadas observará a proporção de estudantes de escolas públicas, de baixa renda, pessoas com deficiência, pretos, pardos, indígenas e, conforme a atualização da Lei de Cotas, de quilombolas.  
Resultado – O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 30 de janeiro, pelo Portal Único de Acesso.  
Lista de espera – Diferentemente dos anos anteriores, em 2024, a lista de espera poderá ser utilizada durante todo o ano pelas instituições de educação superior participantes para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular. O candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 30 de janeiro a 7 de fevereiro, também pelo Portal Único de Acesso.  

Nova subvariante da Covid é identificada em Mato Grosso

A Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou ter identificado uma nova subvariante da Covid-19, a JN 2.5, uma variação da Ômicron
Agência Brasil -  A Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou ter identificado uma nova subvariante da Covid-19, a JN 2.5, uma variação da Ômicron. “Esse é o primeiro registro da subvariante no Brasil”, destacou a pasta
Em nota, a secretaria detalhou que o laboratório central do estado sequenciou e identificou a nova subvariante em pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro. Ao todo, quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para a nova cepa e foram hospitalizadas.
Desse total, três pacientes receberam alta médica, estão estáveis e seguem em isolamento domiciliar sob acompanhamento da vigilância municipal. Já a quarta paciente tinha doença pulmonar obstrutiva crônica e morreu.
“No entanto, a equipe de vigilância da SES [Secretaria de Estado de Saúde] ainda investiga o caso e não é possível afirmar que a causa da morte foi a covid-19.”
Sem pânico
O governo do estado pediu que a população evite pânico e mantenha-se em alerta para sintomas gripais. As orientações incluem ainda o uso de máscara em caso de gripe ou resfriado e higienizar as mãos com sabão ou álcool 70%, além de vacinar-se contra a doença.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Vaticano: Declaração doutrinária abre para bênçãos para casais "irregulares"

Com a "Fiducia supplicans" do Dicastério para a Doutrina da Fé, aprovada pelo Papa, será possível abençoar casais formados por pessoas do mesmo sexo, mas fora de qualquer ritualização e imitação do matrimônio. A doutrina sobre o matrimônio não muda, a bênção não significa aprovação da união.
VATICAN NEWS - Diante do pedido de duas pessoas para serem abençoadas, mesmo que sua condição de casal seja "irregular", será possível para o ministro ordenado consentir. Mas sem que esse gesto de proximidade pastoral contenha elementos minimamente semelhantes a um rito matrimonial. Isso é o que diz a declaração "Fiducia supplicans" sobre o significado pastoral das bênçãos, publicada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé e aprovada pelo Papa. Um documento que aprofunda o tema das bênçãos, distinguindo entre as bênçãos rituais e litúrgicas e as bênçãos espontâneas, que se assemelham mais a gestos de devoção popular: é precisamente nessa segunda categoria que agora contemplamos a possibilidade de acolher também aqueles que não vivem de acordo com as normas da doutrina moral cristã, mas pedem humildemente para serem abençoados. Desde agosto, de 23 anos atrás, o antigo Santo Ofício não publicava uma declaração (a última foi em 2000, "Dominus Jesus"), um documento de alto valor doutrinário.
"Fiducia supplicans" começa com uma introdução do prefeito, cardeal Victor Fernandez, que explica que a declaração aprofunda o "significado pastoral das bênçãos", permitindo que "sua compreensão clássica seja ampliada e enriquecida" por meio de uma reflexão teológica "baseada na visão pastoral do Papa Francisco". Uma reflexão que "implica um verdadeiro desenvolvimento em relação ao que foi dito sobre as bênçãos" até agora, chegando a incluir a possibilidade "de abençoar casais em situação irregular e casais do mesmo sexo, sem validar oficialmente seu status ou modificar de qualquer forma o ensino perene da Igreja sobre o casamento".
Após os primeiros parágrafos (1-3), em que o pronunciamento anterior de 2021 é lembrado e agora ampliado, a declaração apresenta a bênção no sacramento do matrimônio (parágrafos 4-6), declarando "inadmissíveis ritos e orações que possam criar confusão entre o que é constitutivo do matrimônio" e "o que o contradiz", a fim de evitar reconhecer de alguma forma "como matrimônio algo que não é". Reitera-se que, de acordo com a "doutrina católica perene", somente as relações sexuais dentro do casamento entre um homem e uma mulher são consideradas lícitas.
Um segundo grande capítulo do documento (parágrafos 7-30) analisa o significado das várias bênçãos, que têm como destino pessoas, objetos de devoção, lugares de vida. O documento lembra que, "de um ponto de vista estritamente litúrgico", a bênção exige que o que é abençoado "esteja em conformidade com a vontade de Deus expressa nos ensinamentos da Igreja". Quando, com um rito litúrgico específico, "se invoca uma bênção sobre certas relações humanas", é necessário que "o que é abençoado possa corresponder aos desígnios de Deus inscritos na Criação" (11). Portanto, a Igreja não tem o poder de conferir uma bênção litúrgica a casais irregulares ou do mesmo sexo. Mas é preciso evitar o risco de reduzir o significado das bênçãos apenas a esse ponto de vista, exigindo para uma simples bênção "as mesmas condições morais que são exigidas para a recepção dos sacramentos" (12).
Depois de analisar as bênçãos nas Escrituras, a declaração oferece um entendimento teológico-pastoral. Quem pede uma bênção "se mostra necessitado da presença salvadora de Deus em sua história", porque expressa "um pedido de ajuda de Deus, uma súplica por uma vida melhor" (21). Esse pedido deve ser acolhido e valorizado "fora de uma estrutura litúrgica", quando se encontra "em uma esfera de maior espontaneidade e liberdade" (23). Olhando para elas da perspectiva da piedade popular, "as bênçãos devem ser valorizadas como atos de devoção". Para conferi-las, portanto, não há necessidade de exigir "perfeição moral prévia" como pré-condição.
Aprofundando essa distinção, com base na resposta do Papa Francisco às dubia dos cardeais publicada em outubro passado, que pedia um discernimento sobre a possibilidade de "formas de bênção, solicitadas por uma ou mais pessoas, que não transmitam uma concepção errônea do matrimônio" (26), o documento afirma que esse tipo de bênção "é oferecido a todos, sem pedir nada, fazendo com que as pessoas sintam que continuam abençoadas apesar de seus erros e que "o Pai celeste continua a querer o seu bem e a esperar que elas finalmente se abram ao bem" (27).
Existem "várias ocasiões em que as pessoas vêm espontaneamente pedir uma bênção, seja em peregrinações, em santuários, ou mesmo na rua quando encontram um sacerdote", e tais bênçãos "são dirigidas a todos, ninguém pode ser excluído" (28). Portanto, permanecendo proibido de ativar "procedimentos ou ritos" para esses casos, o ministro ordenado pode unir-se à oração daquelas pessoas que "embora em uma união que de modo algum pode ser comparada ao matrimônio, desejam confiar-se ao Senhor e à sua misericórdia, invocar a sua ajuda, ser guiados a uma maior compreensão do seu plano de amor e de verdade" (30).
O terceiro capítulo da declaração (parágrafos 31-41), portanto, abre a possibilidade dessas bênçãos, que representam um gesto para aqueles que "reconhecendo-se indigentes e necessitados de sua ajuda, não reivindicam a legitimidade de seu próprio status, mas imploram que tudo o que é verdadeiro, bom e humanamente válido em suas vidas e relacionamentos seja investido, curado e elevado pela presença do Espírito Santo" (31). Essas bênçãos não devem ser normalizadas, mas confiadas ao "discernimento prático em uma situação particular" (37). Embora o casal seja abençoado, mas não a união, a declaração inclui entre o que é abençoado o relacionamento legítimo entre as duas pessoas: na "breve oração que pode preceder essa bênção espontânea, o ministro ordenado pode pedir paz, saúde, espírito de paciência, diálogo e ajuda mútua, bem como a luz e a força de Deus para poder cumprir plenamente a sua vontade" (38). Também é esclarecido que, para evitar "qualquer forma de confusão e escândalo", quando um casal irregular ou do mesmo sexo pede uma bênção, "ela nunca será realizada ao mesmo tempo que os ritos civis de união ou mesmo em conexão com eles. Nem mesmo com as roupas, os gestos ou as palavras próprias de um casamento" (39). Esse tipo de bênção "pode encontrar seu lugar em outros contextos, como uma visita a um santuário, um encontro com um sacerdote, uma oração recitada em um grupo ou durante uma peregrinação" (40).
Por fim, o quarto capítulo (parágrafos 42-45) nos lembra que "mesmo quando o relacionamento com Deus está obscurecido pelo pecado, sempre é possível pedir uma bênção, estendendo a mão a Ele" e desejá-la "pode ser o melhor possível em algumas situações" (43).

domingo, 17 de dezembro de 2023

Escola SESI Adonias Filho vai investir em 2024 mais de R$ 2 milhões na melhoria da infraestrutura

Investimentos preveem a construção de uma
Sala Maker e melhorias nos laboratórios
e infraestrutura da escola
Inaugurada em 2017, a Escola SESI Adonias Filho, em Ilhéus, receberá novos investimentos para o ano letivo de 2024. São mais de R$ 2 milhões aplicados na infraestrutura da escola, que inclui a construção de novos laboratórios e requalificação da infraestrutura.
Os investimentos fortalecem o compromisso do Serviço Social da Indústria (SESI Bahia) com a educação e a inovação. O principal destaque é a construção de uma Sala Maker, que irá reforçar ainda mais a adoção de metodologias avançadas e novas práticas de ensino, que se somará aos laboratórios já existentes e que também passarão por uma requalificação.
“O investimento anunciado em 2024 reflete o compromisso contínuo da Rede SESI de Educação em proporcionar uma educação de qualidade, estimulando a inovação, a pesquisa, a prática esportiva e capacitando os alunos para um futuro de sucesso”, destaca o gerente da unidade do SESI em Ilhéus, Alexandre Régis.
MAIS DE 2.200 ALUNOS
Situada na Rodovia Jorge Amado, BR-415, Km-13, em Ilhéus, a Escola SESI Adonias Filho tem desempenhado um papel fundamental na formação educacional da comunidade, viabilizando um ambiente propício ao aprendizado e ao desenvolvimento pessoal.
Ao longo desses sete anos de atuação no Sul da Bahia já foram mais de 2.200 alunos matriculados, 397 formados. Dentre estes, 85 são alunos bolsistas de ensino médio, como parte das ações de gratuidade promovidas pelo SESI Bahia, voltado para pessoas de baixa renda. As bolsas de ensino médio são oferecidas anualmente e o ingresso se dá por meio de uma prova, além do critério de renda familiar.
DIRETRIZES PEDAGÓGICAS
A Escola SESI Adonias Filho integra a Rede SESI de Educação, presente em todas as regiões da Bahia, segue as diretrizes de educação do SESI nacional, com mais de 50 anos de tradição em educação no país. A metodologia de ensino aplicada na rede SESI privilegia a inovação e o estímulo do gosto pelas ciências e tecnologia.
Os alunos do SESI têm a oportunidade de integrar projetos de robótica, tecnologia e iniciação científica, que prevê a participação em eventos, competições e feiras científicas nacionais e internacionais.

Foi assim que, nos últimos sete anos, os alunos da Escola Adonias Filho participaram com sucesso de competições regionais e nacionais com representantes nos torneios de robótica First Lego Leagues, da Fórmula 1 In Schools e das principais feiras científicas pré-universitárias do país: Febrace, Mostratec, Olimpíada Brasileira de Linguagens, Olimpíada Brasileira de Robótica, dentre outros.
Em 2020, a equipe da Escola SESI Adonias Filho conquistou o título de Carro Mais Veloz da Bahia, no torneio da F1 In Schools, que consiste na concepção de um carro de corrida autônomo que deve percorrer uma pista de 20 metros no menor tempo possível. O projeto exige dos alunos desenvolver habilidades em física e matemática, dominando conceitos como aerodinâmica e engenharia.
Além da F1, os alunos do SESI de Ilhéus também conquistaram, por dois anos consecutivos - 2022 e 2023 -, medalha de prata na competição nacional Jornada de Foguetes, e também foram premiados na Olimpíada Brasileira de Astronomia (2022 e 2023) e Astronáutica (2020, 2021,2022, 2023).
ESPORTES
Além do foco na excelência acadêmica e na inovação, o SESI valoriza a prática esportiva como parte integrante do desenvolvimento integral dos alunos. A escola incentiva a participação ativa em diversas modalidades esportivas, promovendo não apenas a saúde física, mas também valores como trabalho em equipe, disciplina e resiliência.
PRINCIPAIS INVESTIMENTOS
· Sala Maker de Última Geração: O principal investimento na unidade do SESI será na construção de uma sala maker de última geração. Esse espaço inovador visa fomentar a criatividade, o pensamento crítico e o trabalho em equipe, preparando os alunos para os desafios do século XXI. Equipado com tecnologias de ponta, o laboratório oferecerá um ambiente propício à experimentação e à materialização de ideias, impulsionando o desenvolvimento de habilidades práticas e a resolução de problemas.
· Aprimoramento dos Laboratórios: Os laboratórios já existentes também receberão investimentos, garantindo que os alunos tenham acesso a instalações modernas e tecnologicamente avançadas. Isso permitirá que os estudantes e os pesquisadores da Iniciação Científica realizem experimentos e projetos com eficácia, fortalecendo ainda mais a compreensão prática dos conceitos aprendidos em sala de aula.
· Melhorias na Cantina: O SESI Adonias Filho também se preocupa com o bem-estar dos seus alunos, e, portanto, parte dos investimentos será direcionada para a melhoria do espaço da cantina, que oferecerá um ambiente ainda mais acolhedor para o convívio social e o desenvolvimento.

Papa Francisco condena assassinato de mulheres cristãs por Israel: “Terrorismo”

Papa Francisco lê a oração do Angelus
 de sua janela no Vaticano08/12/2023
Vatican Media/Divulgação via REUTERS
Pontífice criticou pela 2ª vez ações de Israel em Gaza, durante a manhã deste domingo (17)
O papa Francisco sugeriu novamente, neste domingo (17), que Israel usa tácticas de “terrorismo” em Gaza, citando o assassinato, pelos militares israelitas, de duas mulheres cristãs refugiadas em um complexo religioso em Gaza.
Na sua bênção semanal no Vaticano, Francisco se referiu a uma declaração sobre o incidente emitida neste sábado (16) pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, autoridade católica da capital de Israel.
Segundo o Patriarcado, o “atirador” das Forças de Defesa de Israel (IDF) matou as duas mulheres, que o papa chamou de Nahida Khalil Anton e sua filha Samar, enquanto caminhavam para um convento de freiras no complexo da Paróquia da Sagrada Família. Outras sete pessoas, diz, foram baleadas e feridas enquanto tentavam proteger outras.
“Continuo recebendo notícias muito graves e dolorosas de Gaza. Civis desarmados são alvo de bombardeios e tiroteios. E isso aconteceu até dentro do complexo paroquial da Sagrada Família, onde não há terroristas, mas famílias, crianças, pessoas doentes ou deficientes, freiras”, declarou Francisco.
O papa também se referiu à declaração do Patriarcado de que um convento de freiras da ordem fundado por Madre Teresa foi danificado pelo fogo de um tanque israelense. “Alguns diriam: ‘É guerra. É terrorismo.’ Sim, é guerra. É terrorismo”, disse.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que o incidente ainda estava sob análise e não fez comentários imediatos sobre as palavras do papa.
Foi a segunda vez em menos de um mês que o papa usou a palavra “terrorismo” ao falar dos acontecimentos em Gaza. Em 22 de Novembro, depois de se reunir separadamente com familiares israelenses de reféns detidos pelo Hamas e com palestinos, ele disse: “É isto que as guerras fazem. Mas aqui fomos além das guerras. Isto não é guerra. Isto é terrorismo.”
Mais tarde naquele dia, eclodiu uma disputa confusa sobre se ele usou a palavra “genocídio” para descrever os acontecimentos em Gaza, com os palestinos que o encontraram insistindo que ele o fez e o Vaticano dizendo que não.
Grupos judaicos criticaram o papa pelos comentários sobre “terrorismo”.
Israel intensificou o bombardeio de Gaza durante a noite de sábado e a manhã de domingo, matando pelo menos 40 pessoas, disseram os palestinos, depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, argumentou que a única maneira de garantir a libertação dos reféns era a intensa pressão militar sobre o Hamas.

sábado, 16 de dezembro de 2023

Advento: um antídoto contra o tédio

Philip Kosloski - "O Advento é o tempo da presença e da espera eterna. Precisamente por esta razão é, de modo particular, o tempo da alegria, de um júbilo interiorizado, que nenhum sofrimento pode anular", disse Bento XVI
No mundo de hoje, é relativamente fácil ficar entediado com o momento presente e com a vida em geral. Ao procurar se divertir com a última postagem viral nas redes sociais, é possível afundar-se no tédio da vida que corrói as profundezas da alma. Mas, e se o Advento nos ajudasse a ir contra essa tendência?
O remédio para este tédio, segundo o Papa Bento XVI, é viver na esperança e na expectativa da união final com Deus. Numa homilia do Advento de 2009, o Papa Bento XVI explicou como a espera pode tornar-se “insuportável”:
“Existem modos muito diferentes de esperar. Se o tempo não foi preenchido por um presente dotado de sentido, a espera corre o risco de se tornar insuportável; se se espera algo, mas neste momento não há nada, ou seja se o presente permanece vazio, cada instante que passa parece exageradamente longo, e a expectativa transforma-se num peso demasiado grave, porque o futuro permanece totalmente incerto.
Se a vida não tiver sentido e você apenas navegar pelo telefone sem pensar, na esperança de encontrar algo divertido, isso rapidamente se tornará insuportável. O tédio provavelmente irá invadir você e conquistar seus corações.
Um antídoto para o tédio
Felizmente, o Papa Bento XVI oferece um antídoto para este tédio:
“Ao contrário, quando o tempo é dotado de sentido, e em cada instante compreendemos algo de específico e de válido, então a alegria da espera torna o presente mais precioso.
Queridos irmãos e irmãs, vivamos intensamente o presente, em que já nos são concedidos os dons do Senhor, vivamo-lo projectados para o futuro, um porvir repleto de esperança. Deste modo, o Advento cristão torna-se ocasião para despertar em nós o autêntico sentido da espera, voltando ao coração da nossa fé que é o mistério de Cristo, o Messias esperado durante longos séculos e nascido na pobreza de Belém.”
Enfim, o tempo do Advento pode ajudar a combater a monotonia da existência, porque nos lembra que a vida consiste em esperar com esperança a vinda do Messias. Permite-nos esperar cada vez mais impacientemente pelo Senhor. Sua vida tem um grande significado e propósito, e quando você estiver dominado pelo tédio, lembre-se de que Deus o chama para Si mesmo todos os dias.

Conselho Universitário aprova relatório da eleição na Uesc

Documento será enviado ao governador
 Jerônimo Rodrigues que vai definir a data para posse
O Conselho Universitário (Consu) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) aprovou, por unanimidade, em sua 78ª reunião ordinária, realizada quinta-feira, 7 de dezembro de 2023, o relatório circunstanciado do resultado final do pleito que reelegeu o reitor Alessandro Fernandes e o vice-reitor Maurício Moreau para novo mandato (2024-2028). A eleição foi realizada no dia 28 de novembro último. Agora, o relatório será encaminhado ao governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, para homologação e definição da data da posse.
Na oportunidade, o reitor Alessandro Fernandes agradeceu a cada membro da comissão eleitoral pelo trabalho e à comunidade acadêmica pela confiança na gestão. Ele frisou que “a Uesc muda a vida da gente. Trabalhar aqui é um privilégio. Nós lutamos por uma série de questões, mas ainda assim é um privilégio. Ser estudante da Uesc também é um privilégio, andar pelos corredores dessa Universidade e ver a nossa diversidade, sem discrições, nos dá orgulho.”
“Nesses quase 30 anos, da minha vida, nesta instituição, aprendi que a Uesc é maior do que cada um de nós. Aqui eu estudei, conheci a mãe da minha filha que hoje é estudante dessa instituição. Na Universidade Estadual de Santa Cruz eu escrevi a parte mais importante da minha vida,” acrescentou o reitor.
Os conselheiros parabenizaram o reitor e o vice-reitor reeleitos. O diretor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, George Rego Albuquerque, destacou a importância do momento para o fortalecimento da autonomia da Universidade. Representando a categoria de técnicos e analistas, o conselheiro Alencar Junior ressaltou que dos 79% que compareceram à votação, 88% aprovaram a atual gestão.
O conselheiro Shauan Keven Fontes, representante dos discentes, frisou que o processo eleitoral na Uesc é pedagógico, “foi um momento de grandes desafios para todos, mas, principalmente, para nós discentes. Por sua vez, o conselheiro e pró-reitor de Extensão, Cristiano Bahia, elogiou a construção do processo que resultou na unidade da comunidade acadêmica em torno de uma única chapa, evitando divisões prejudiciais à instituição. A conselheira Lívia Coelho, diretora do Departamento de Ciências da Educação, salientou a transparência do trabalho da comissão eleitoral e sugeriu a necessidade de revisão do regimento para que o pleito possa ocorrer durante o mês de outubro, e não em novembro, através de processo eletrônico.

"Inteligências artificiais e paz" é o tema escolhido pelo Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2024

O Papa Francisco já escolheu o tema para o Dia Mundial da Paz de 2024, celebrado em 1º de janeiro: “Inteligências Artificiais e Paz”. O argumento foi divulgado nesta terça-feira, 8 de agosto, pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral através de um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé. O notável progresso feito no campo da inteligência artificial tem um impacto cada vez mais profundo na atividade humana, na vida pessoal e social, na política e na economia.
Segundo o Dicastério, o Papa Francisco pede “um diálogo aberto sobre o significado dessas novas tecnologias, dotadas de potencial disruptivo e de efeitos ambivalentes”. O Pontífice ainda lembra a necessidade de se estar vigilante e de se trabalhar para garantir que “uma lógica de violência e de discriminação” não estejam vinculadas ao se produzir e se usar esses dispositivos, em detrimento dos mais frágeis e excluídos:
“Injustiça e desigualdades alimentam conflitos e antagonismos. A urgência de orientar a concepção e o uso das inteligências artificiais de forma responsável, para que estejam a serviço da humanidade e da proteção da nossa casa comum, exige que a reflexão ética seja estendida no âmbito da educação e do direito.”
Ao divulgar a inteligência artificial como tema de reflexão para o Dia Mundial da Paz de 2024, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral ainda destaca a importância de se “proteger a dignidade da pessoa e o cuidado de uma fraternidade verdadeiramente aberta a toda a família humana” como condições indispensáveis para que o desenvolvimento tecnológico contribua para a promoção da justiça e da paz no mundo.
MENSAGEM DO SANTO PADRE
FRANCISCO
Jorge Mario Bergoglio
PARA A CELEBRAÇÃO DO
DIA MUNDIAL DA PAZ
1º DE JANEIRO DE 2024

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E PAZ

No início do novo ano, tempo de graça concedido pelo Senhor a cada um de nós, quero dirigir-me ao Povo de Deus, às nações, aos Chefes de Estado e de Governo, aos Representantes das diversas religiões e da sociedade civil, a todos os homens e mulheres do nosso tempo para lhes expressar os meus votos de paz.

1. O progresso da ciência e da tecnologia como caminho para a paz

A Sagrada Escritura atesta que Deus deu aos homens o seu Espírito a fim de terem «sabedoria, inteligência e capacidade para toda a espécie de trabalho» (Ex 35, 31). A inteligência é expressão da dignidade que nos foi dada pelo Criador, que nos fez à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 26) e nos tornou capazes, através da liberdade e do conhecimento, de responder ao seu amor. Esta qualidade fundamentalmente relacional da inteligência humana manifesta-se de modo particular na ciência e na tecnologia, que são produtos extraordinários do seu potencial criativo.

Na Constituição pastoral Gaudium et spes, o Concílio Vaticano II reafirmou esta verdade, declarando que «sempre o homem procurou, com o seu trabalho e engenho, desenvolver mais a própria vida». [1] Quando os seres humanos, «recorrendo à técnica», se esforçam por que a terra «se torne habitação digna para toda a humanidade», [2] agem segundo o desígnio divino e cooperam com a vontade que Deus tem de levar à perfeição a criação e difundir a paz entre os povos. Assim o próprio progresso da ciência e da técnica – na medida em que contribui para uma melhor organização da sociedade humana, para o aumento da liberdade e da comunhão fraterna – leva ao aperfeiçoamento do homem e à transformação do mundo.

Justamente nos alegramos e sentimos reconhecidos pelas extraordinárias conquistas da ciência e da tecnologia, graças às quais se pôs remédio a inúmeros males que afligiam a vida humana e causavam grandes sofrimentos. Ao mesmo tempo, os progressos técnico-científicos, que permitem exercer um controle – até agora inédito – sobre a realidade, colocam nas mãos do homem um vasto leque de possibilidades, algumas das quais podem constituir um risco para a sobrevivência humana e um perigo para a casa comum. [3]

Deste modo os progressos notáveis das novas tecnologias da informação, sobretudo na esfera digital, apresentam oportunidades entusiasmantes mas também graves riscos, com sérias implicações na prossecução da justiça e da harmonia entre os povos. Por isso torna-se necessário interrogar-nos sobre algumas questões urgentes: quais serão as consequências, a médio e longo prazo, das novas tecnologias digitais? E que impacto terão elas sobre a vida dos indivíduos e da sociedade, sobre a estabilidade e a paz?

2. O futuro da inteligência artificial, por entre promessas e riscos

Os progressos da informática e o desenvolvimento das tecnologias digitais, nas últimas décadas, começaram já a produzir profundas transformações na sociedade global e nas suas dinâmicas. Os novos instrumentos digitais estão a mudar a fisionomia das comunicações, da administração pública, da instrução, do consumo, dos intercâmbios pessoais e de inúmeros outros aspetos da vida diária.

Além disso as tecnologias que se servem duma multiplicidade de algoritmos podem, dos vestígios digitais deixados na internet, extrair dados que permitem controlar os hábitos mentais e relacionais das pessoas para fins comerciais ou políticos, muitas vezes sem o seu conhecimento, limitando o exercício consciente da sua liberdade de escolha. De facto, num espaço como a web caraterizado por uma sobrecarga de informações, pode-se compor o fluxo de dados segundo critérios de seleção nem sempre enxergados pelo utente.

Devemos recordar-nos de que a pesquisa científica e as inovações tecnológicas não estão desencarnadas da realidade nem são «neutrais», [4] mas estão sujeitas às influências culturais. Sendo atividades plenamente humanas, os rumos que tomam refletem opções condicionadas pelos valores pessoais, sociais e culturais de cada época. E o mesmo se diga dos resultados que alcançam: enquanto fruto de abordagens especificamente humanas do mundo envolvente, têm sempre uma dimensão ética, intimamente ligada às decisões de quem projeta a experimentação e orienta a produção para objetivos particulares.

Isto aplica-se também às formas de inteligência artificial. Desta, até ao momento, não existe uma definição unívoca no mundo da ciência e da tecnologia. A própria designação, que já entrou na linguagem comum, abrange uma variedade de ciências, teorias e técnicas destinadas a fazer com que as máquinas, no seu funcionamento, reproduzam ou imitem as capacidades cognitivas dos seres humanos. Falar de «formas de inteligência», no plural, pode ajudar sobretudo a assinalar o fosso intransponível existente entre estes sistemas, por mais surpreendentes e poderosos que sejam, e a pessoa humana: em última análise, aqueles são «fragmentários» já que têm possibilidades de imitar ou reproduzir apenas algumas funções da inteligência humana. Além disso o uso do plural destaca que tais dispositivos, muito diferentes entre si, devem ser sempre considerados como «sistemas sociotécnicos». Com efeito o seu impacto, independentemente da tecnologia de base, depende não só da projetação, mas também dos objetivos e interesses de quem os possui e de quem os desenvolve, bem como das situações em que são utilizados.

Por conseguinte a inteligência artificial deve ser entendida como uma galáxia de realidades diversas e não podemos presumir a priori que o seu desenvolvimento traga um contributo benéfico para o futuro da humanidade e para a paz entre os povos. O resultado positivo só será possível se nos demonstrarmos capazes de agir de maneira responsável e respeitar valores humanos fundamentais como «a inclusão, a transparência, a segurança, a equidade, a privacidade e a fiabilidade». [5]

E não é suficiente presumir, por parte de quem projeta algoritmos e tecnologias digitais, um empenho por agir de modo ético e responsável. É preciso reforçar ou, se necessário, instituir organismos encarregados de examinar as questões éticas emergentes e tutelar os direitos de quantos utilizam formas de inteligência artificial ou são influenciados por ela. [6]

Assim, a imensa expansão da tecnologia deve ser acompanhada por uma adequada formação da responsabilidade pelo seu desenvolvimento. A liberdade e a convivência pacífica ficam ameaçadas, quando os seres humanos cedem à tentação do egoísmo, do interesse próprio, da ânsia de lucro e da sede de poder. Por isso temos o dever de alargar o olhar e orientar a pesquisa técnico-científica para a prossecução da paz e do bem comum, ao serviço do desenvolvimento integral do homem e da comunidade. [7]

A dignidade intrínseca de cada pessoa e a fraternidade que nos une como membros da única família humana devem estar na base do desenvolvimento de novas tecnologias e servir como critérios indiscutíveis para as avaliar antes da sua utilização, para que o progresso digital possa verificar-se no respeito pela justiça e contribuir para a causa da paz. Os avanços tecnológicos que não conduzem a uma melhoria da qualidade de vida da humanidade inteira, antes pelo contrário agravam as desigualdades e os conflitos, nunca poderão ser considerados um verdadeiro progresso. [8]

A inteligência artificial tornar-se-á cada vez mais importante. Os desafios que coloca não são apenas de ordem técnica, mas também antropológica, educacional, social e política. Deixa esperar, por exemplo, poupança de esforços, produção mais eficiente, transportes mais fáceis e mercados mais dinâmicos, bem como uma revolução nos processos de recolha, organização e verificação de dados. Precisamos de estar conscientes das rápidas transformações em curso e geri-las de forma a salvaguardar os direitos humanos fundamentais, respeitando as instituições e as leis que promovem o progresso humano integral. A inteligência artificial deveria estar ao serviço dum melhor potencial humano e das nossas mais altas aspirações, e não em competição com eles.

3. A tecnologia do futuro: máquinas que aprendem sozinhas

Nas suas múltiplas formas, a inteligência artificial, baseada em técnicas de aprendizagem automática (machine learning), embora ainda numa fase pioneira, já está a introduzir mudanças notáveis no tecido das sociedades, exercendo uma influência profunda nas culturas, nos comportamentos sociais e na construção da paz.

Desenvolvimentos como a aprendizagem automática (machine learning) ou a aprendizagem profunda (deep learning) levantam questões que transcendem os âmbitos da tecnologia e da engenharia e têm a ver com uma compreensão intimamente ligada ao significado da vida humana, aos processos basilares do conhecimento e à capacidade que tem a mente de alcançar a verdade.

A capacidade de alguns dispositivos produzirem textos sintática e semanticamente coerentes, por exemplo, não é garantia de fiabilidade. Diz-se que podem «alucinar», isto é, gerar afirmações que à primeira vista parecem plausíveis, mas na realidade são infundadas ou preconceituosas. Isto coloca um sério problema quando a inteligência artificial é utilizada em campanhas de desinformação que espalham notícias falsas e levam a uma desconfiança crescente relativamente aos meios de comunicação. A confidencialidade, a posse dos dados e a propriedade intelectual são outros âmbitos em que as tecnologias em questão comportam graves riscos, aos quais se vêm juntar outras consequências negativas ligadas a um uso indevido, como a discriminação, a interferência nos processos eleitorais, a formação duma sociedade que vigia e controla as pessoas, a exclusão digital e a exacerbação dum individualismo cada vez mais desligado da coletividade. Todos estes fatores correm o risco de alimentar os conflitos e obstaculizar a paz.

4. O sentido do limite, no paradigma tecnocrático

O nosso mundo é demasiado vasto, variado e complexo para ser completamente conhecido e classificado. A mente humana nunca poderá esgotar a sua riqueza, nem sequer com a ajuda dos algoritmos mais avançados. De facto, estes não oferecem previsões garantidas do futuro, mas apenas aproximações estatísticas. Nem tudo pode ser previsto, nem tudo pode ser calculado; no fim de contas, «a realidade é superior à ideia» [9] e, por mais prodigiosa que seja a nossa capacidade de calcular, haverá sempre um resíduo inacessível que escapa a qualquer tentativa de quantificação.

Além disso, a grande quantidade de dados analisados pelas inteligências artificiais não é, por si só, garantia de imparcialidade. Quando os algoritmos extrapolam informações, correm sempre o risco de as distorcer, replicando as injustiças e os preconceitos dos ambientes onde têm origem. Quanto mais rápidos e complexos eles se tornam, mais difícil é compreender por que produziram um determinado resultado.

As máquinas inteligentes podem desempenhar as tarefas que lhes são atribuídas com uma eficiência cada vez maior, mas a finalidade e o significado das suas operações continuarão a ser determinados ou capacitados por seres humanos com o seu próprio universo de valores. O risco é que os critérios subjacentes a certas escolhas se tornem menos claros, que a responsabilidade de decisão seja ocultada e que os produtores possam subtrair-se à obrigação de agir para o bem da comunidade. Em certo sentido, isto é favorecido pelo sistema tecnocrático, que alia a economia à tecnologia e privilegia o critério da eficiência, tendendo a ignorar tudo o que não esteja ligado aos seus interesses imediatos. [10]

Isto deve fazer-nos refletir sobre um aspeto transcurado frequentemente na atual mentalidade tecnocrática e eficientista, mas decisivo para o desenvolvimento pessoal e social: o «sentido do limite». Com efeito o ser humano, mortal por definição, pensando em ultrapassar todo o limite mediante a técnica, corre o risco, na obsessão de querer controlar tudo, de perder o controle sobre si mesmo; na busca duma liberdade absoluta, de cair na espiral duma ditadura tecnológica. Reconhecer e aceitar o próprio limite de criatura é condição indispensável para que o homem alcance ou, melhor, acolha a plenitude como uma dádiva; ao passo que, no contexto ideológico dum paradigma tecnocrático animado por uma prometeica presunção de autossuficiência, as desigualdades poderiam crescer sem medida, e o conhecimento e a riqueza acumular-se nas mãos de poucos, com graves riscos para as sociedades democráticas e uma coexistência pacífica. [11]

5. Temas quentes para a ética

No futuro, a fiabilidade de quem solicita um mútuo, a idoneidade dum indivíduo para determinado emprego, a possibilidade de reincidência dum condenado ou o direito a receber asilo político ou assistência social poderão ser determinados por sistemas de inteligência artificial. A falta de níveis diversificados de mediação que tais sistemas introduzem está particularmente exposta a formas de preconceito e discriminação: os erros do sistema podem multiplicar-se facilmente, gerando não só injustiças em casos individuais, mas também, por efeito dominó, verdadeiras formas de desigualdade social.

Além disso, por vezes, as formas de inteligência artificial parecem capazes de influenciar as decisões dos indivíduos através de opções predeterminadas associadas a estímulos e dissuasões, ou então através de sistemas de regulação das opções pessoais baseados na organização das informações. Estas formas de manipulação ou controle social requerem atenção e vigilância cuidadosas, implicando uma clara responsabilidade legal por parte dos produtores, de quem os contrata e das autoridades governamentais.

O ato de se confiar a processos automáticos que dispõem os indivíduos por categorias, por exemplo, através dum uso invasivo da vigilância ou da adoção de sistemas de crédito social, poderia ter repercussões profundas também no tecido civil, estabelecendo classificações inadequadas entre os cidadãos. E estes processos artificiais de classificação poderiam levar também a conflitos de poder, envolvendo não apenas destinatários virtuais, mas também pessoas de carne e osso. O respeito fundamental pela dignidade humana requer a rejeição de que a unicidade da pessoa seja identificada com um conjunto de dados. Não se deve permitir que os algoritmos determinem o modo como entendemos os direitos humanos, ponham de lado os valores essenciais da compaixão, da misericórdia e do perdão, ou eliminem a possibilidade de um indivíduo mudar e deixar para trás o passado.

Neste contexto, não podemos deixar de considerar o impacto das novas tecnologias no âmbito laboral: trabalhos, que outrora eram prerrogativa exclusiva da mão-de-obra humana, acabam rapidamente absorvidos pelas aplicações industriais da inteligência artificial. Também neste caso, há substancialmente o risco duma vantagem desproporcionada para poucos à custa do empobrecimento de muitos. A Comunidade Internacional, ao ver como tais formas de tecnologia penetram cada vez mais profundamente nos locais de trabalho, deveria considerar como alta prioridade o respeito pela dignidade dos trabalhadores e a importância do emprego para o bem-estar económico das pessoas, das famílias e das sociedades, a estabilidade dos empregos e a equidade dos salários.

6. Transformaremos as espadas em relhas de arado?

Nestes dias, contemplando o mundo que nos rodeia, não se pode ignorar as graves questões éticas relacionadas com o setor dos armamentos. A possibilidade de efetuar operações militares através de sistemas de controle remoto levou a uma perceção menor da devastação por eles causada e da responsabilidade da sua utilização, contribuindo para uma abordagem ainda mais fria e destacada da imensa tragédia da guerra. A pesquisa sobre as tecnologias emergentes no setor dos chamados «sistemas de armas letais autónomas», incluindo a utilização bélica da inteligência artificial, é um grave motivo de preocupação ética. Os sistemas de armas autónomos nunca poderão ser sujeitos moralmente responsáveis: a exclusiva capacidade humana de julgamento moral e de decisão ética é mais do que um conjunto complexo de algoritmos, e tal capacidade não pode ser reduzida à programação duma máquina que, por mais «inteligente» que seja, permanece sempre uma máquina. Por esta razão, é imperioso garantir uma supervisão humana adequada, significativa e coerente dos sistemas de armas.

Também não podemos ignorar a possibilidade de armas sofisticadas caírem em mãos erradas, facilitando, por exemplo, ataques terroristas ou intervenções visando desestabilizar instituições legítimas de Governo. Em resumo, o mundo não precisa realmente que as novas tecnologias contribuam para o iníquo desenvolvimento do mercado e do comércio das armas, promovendo a loucura da guerra. Ao fazê-lo, não só a inteligência, mas também o próprio coração do homem, correrá o risco de se tornar cada vez mais «artificial». As aplicações técnicas mais avançadas não devem ser utilizadas para facilitar a resolução violenta dos conflitos, mas para pavimentar os caminhos da paz.

Numa ótica mais positiva, se a inteligência artificial fosse utilizada para promover o desenvolvimento humano integral, poderia introduzir inovações importantes na agricultura, na instrução e na cultura, uma melhoria do nível de vida de inteiras nações e povos, o crescimento da fraternidade humana e da amizade social. Em última análise, a forma como a utilizamos para incluir os últimos, isto é, os irmãos e irmãs mais frágeis e necessitados, é a medida reveladora da nossa humanidade.

Um olhar humano e o desejo dum futuro melhor para o nosso mundo levam à necessidade dum diálogo interdisciplinar voltado para um desenvolvimento ético dos algoritmos – a algor-etica -, em que sejam os valores a orientar os percursos das novas tecnologias. [12] As questões éticas deveriam ser tidas em consideração desde o início da pesquisa, bem como nas fases de experimentação, projetação, produção, distribuição e comercialização. Esta é a abordagem da ética da projetação, na qual as instituições educativas e os responsáveis pelo processo de decisão têm um papel essencial a desempenhar.

7. Desafios para a educação

O desenvolvimento duma tecnologia que respeite e sirva a dignidade humana tem implicações claras para as instituições educativas e para o mundo da cultura. Ao multiplicar as possibilidades de comunicação, as tecnologias digitais permitiram encontrar-se de novas formas. Todavia continua a ser necessária uma reflexão contínua sobre o tipo de relações para onde nos estão encaminhando. Os jovens estão a crescer em ambientes culturais impregnados de tecnologia, o que não pode deixar de pôr em causa os métodos de ensino e formação.

A educação para o uso de formas de inteligência artificial deveria visar sobretudo a promoção do pensamento crítico. É necessário que os utentes das várias idades, mas principalmente os jovens, desenvolvam uma capacidade de discernimento no uso de dados e conteúdos recolhidos na web ou produzidos por sistemas de inteligência artificial. As escolas, as universidades e as sociedades científicas são chamadas a ajudar os estudantes e profissionais a assumir os aspetos sociais e éticos do progresso e da utilização da tecnologia.

A formação no uso dos novos instrumentos de comunicação deveria ter em conta não só a desinformação, as notícias falsas, mas também a recrudescência preocupante de «medos ancestrais (...) que souberam esconder-se e revigorar-se por detrás das novas tecnologias». [13] Infelizmente, encontramo-nos mais uma vez a combater «a tentação de fazer uma cultura dos muros, de erguer os muros (…), para impedir este encontro com outras culturas, com outras pessoas» [14] e o desenvolvimento duma coexistência pacífica e fraterna.

8. Desafios para o desenvolvimento do direito internacional

O alcance global da inteligência artificial deixa claro que, juntamente com a responsabilidade dos Estados soberanos de regular a sua utilização internamente, as Organizações Internacionais podem desempenhar um papel decisivo na obtenção de acordos multilaterais e na coordenação da sua aplicação e implementação. [15] A este respeito, exorto a Comunidade das Nações a trabalhar unida para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas. Naturalmente o objetivo da regulamentação não deveria ser apenas a prevenção de más aplicações, mas também o incentivo às boas aplicações, estimulando abordagens novas e criativas e facilitando iniciativas pessoais e coletivas. [16]

Em última análise, na busca de modelos normativos que possam fornecer uma orientação ética aos criadores de tecnologias digitais, é indispensável identificar os valores humanos que deveriam estar na base dos esforços das sociedades para formular, adotar e aplicar os quadros legislativos necessários. O trabalho de elaboração de diretrizes éticas para a produção de formas de inteligência artificial não pode prescindir da consideração de questões mais profundas relativas ao significado da existência humana, à proteção dos direitos humanos fundamentais, à busca da justiça e da paz. Este processo de discernimento ético e jurídico pode revelar-se preciosa ocasião para uma reflexão compartilhada sobre o papel que a tecnologia deveria ter na nossa vida individual e comunitária e sobre a forma como a sua utilização possa contribuir para a criação dum mundo mais equitativo e humano. Por este motivo, nos debates sobre a regulamentação da inteligência artificial, dever-se-ia ter em conta as vozes de todas as partes interessadas, incluindo os pobres, os marginalizados e outros que muitas vezes permanecem ignorados nos processos de decisão globais.

* * *

Espero que esta reflexão encoraje a fazer com que os progressos no desenvolvimento de formas de inteligência artificial sirvam, em última análise, a causa da fraternidade humana e da paz. Não é responsabilidade de poucos, mas da família humana inteira. De facto, a paz é fruto de relações que reconhecem e acolhem o outro na sua dignidade inalienável, e de cooperação e compromisso na busca do desenvolvimento integral de todas as pessoas e de todos os povos.

No início do novo ano, a minha oração é que o rápido desenvolvimento de formas de inteligência artificial não aumente as já demasiadas desigualdades e injustiças presentes no mundo, mas contribua para pôr fim às guerras e conflitos e para aliviar muitas formas de sofrimento que afligem a família humana. Possam os fiéis cristãos, os crentes das várias religiões e os homens e mulheres de boa vontade colaborar harmoniosamente para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios colocados pela revolução digital, e entregar às gerações futuras um mundo mais solidário, justo e pacífico.

Vaticano, 8 de dezembro de 2023.
Francisco

Maior explosão solar em 6 anos provoca apagão em rádios no continente americano

(FOLHAPRESS) - O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, informou que na tarde da última quinta-feira (14) ocorreu a maior erupção solar desde 2017, o que provocou falhas nas telecomunicações em partes das Américas do Sul, Central e do Norte, devido à enorme quantidade de radiação emitida.
De acordo com o observatório, a explosão foi de categoria X2.8. As erupções solares são classificadas de acordo com sua intensidade e variam de classe B (mais fraca) a C, M e X (mais forte). Cada mudança na classificação por letra representa um aumento de energia de dez vezes. E dentro de cada letra a escala é subdividida em números de 1 a 9, sendo 1 o mais fraco da classe e 9 o mais forte.
A última grande erupção havia ocorrido em setembro de 2017: uma X8.2.
Durante essas explosões, ou erupções solares, partículas energéticas são emitidas e viajam com velocidades muito próximas à da luz. Por isso, elas chegam à Terra em cerca de oito minutos, aumentando o nível de radiação. Elas são detectadas pelo Goes, o satélite da Nasa utilizado para o estudo do Sol e do clima espacial.
Além das partículas energéticas, as erupções solares liberam as ejeções de massa coronal (CME, em inglês), que são nuvens de plasma que viajam por mais tempo no espaço e demoram cerca de 2 a 3 dias para atingirem a Terra. Por isso, a expectativa é que essa CME possa chegar neste domingo (17) à Terra, provocando uma tempestade geomagnética.
"As CMEs são nuvens de plasma que possuem campo magnético intenso e costumam ser dezenas de vezes maiores que a Terra. Quando elas interagem com o campo magnético da Terra, provocam as tempestades geomagnéticas", explica Marcel Nogueira de Oliveira, professor do Instituto de Física da UFF (Universidade Federal Fluminense).
Oliveira destaca que esses eventos, apesar de raros, costumam fazer parte do ciclo solar de 11 anos, principalmente, no auge de atividade da estrela, conhecida como máximo solar, o que deve ocorrer em 2024. "A dificuldade de prevê-los é justamente o que torna o estudo da física solar e do clima espacial algo tão importante e essencial nos dias de hoje."
Os cientistas do Centro de Predições do Tempo Espacial, da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), ainda estão analisando se as CMEs da explosão solar de quinta-feira (14) estavam direcionadas à Terra. Se estiverem, os efeitos só serão conhecidos quando atingirem o nosso planeta.
As regiões mais suscetíveis aos efeitos dessas tempestades solares são os polos, onde o campo magnético da Terra é menor. A forma mais visível desses fenômenos é a aurora boreal, nuvens coloridas e brilhantes que aparecem quando o campo magnético recebe a tempestade. No entanto, os especialistas afirmam que não é preciso se preocupar, porque a expectativa é de que a tempestade gerada seja de nível G1 ou G2, os mais baixos na escala da NOAA que vai até G5.
"Acredito ser possível que um solar flare X2, sob determinadas condições, possa produzir uma CME que por sua vez seja capaz de desencadear uma tempestade geomagnética G5 na escala NOAA. Mas os níveis de problemas que uma tempestade G5 pode ocasionar é muito particular e depende de vários fatores", diz Oliveira, enfatizando dois pontos importantes:
1) explosões solares maiores, como um X9, são eventos que liberam mais energia e, consequentemente, têm chances maiores de produzirem uma CME maior e mais rápida. Portanto, explosões solares de maior magnitude, como um flare X9, são mais prováveis de causar avarias e interrupções em nossos sistemas elétricos e sistemas de comunicação de satélites do que um evento do tipo X2.8
2) tempestades geomagnéticas nível G5 costumam ser bem raras, tanto que ainda não ocorreram até o momento no atual ciclo solar 25 e também não ocorreram no ciclo solar passado, o ciclo 24. A última tempestade deste tipo foi observada no ciclo solar 23, quando ocorreram cerca de 13 tempestades deste porte.
Quando a tempestade geomagnética é suficientemente forte, ela pode causar grandes interrupções nas comunicações de rádio, redes elétricas, satélites ou espaçonaves. Na maior já registrada, em 1859, picos de eletricidade paralisaram os sistemas telegráficos do mundo, interrompendo as mensagens.
"Quanto mais soubermos sobre o Sol e como as estruturas das CMEs se propagam através do meio interplanetário, mais temos condições de prever com uma boa margem de antecedência a ocorrência de um evento extremo deste tipo e seremos capazes de mitigar seus impactos. Conhecer melhor nossa estrela mãe é algo essencial para nosso estilo de vida moderno, que é altamente dependente de satélites e meios de comunicação", finaliza o físico.
Confira os impactos das tempestades geomagnéticas na Terra:
G1 (MENOR) - FREQUÊNCIA DE 1.700 CASOS POR CICLO DE 11 ANOS DO SOL

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Cursos de graduação da Uesc entre os melhores do Brasil. Avaliação é do Ranking Universitário Folha

Cursos de graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) estão entre os melhores do Brasil, conforme o Ranking Universitário Folha (RUF), do Jornal Folha de São Paulo. Na Uesc, foram avaliados 27 dos 38 cursos presenciais. Dentre eles, Biomedicina (29º), Economia (35º), Medicina Veterinária (31º), Filosofia (38º), Medicina (38º), Química (43°), Geografia (45º), Engenharia da Produção (48º) e História (49º) tiveram as melhores classificações ficando entre as 50 primeiras posições.
Também foram avaliados pelo RUF: Ciências Sociais (51º), Matemática (54°), Enfermagem (55º), Agronomia (57º), Física (59º), Comunicação (70º), Direito (73º), Educação Física (74º), Biologia (75º), Letras (80°), Ciência da Computação (93º), Pedagogia (94°), Ciências Contábeis (97º), Engenharia Química (121°), Engenharia Mecânica (179°), Engenharia Elétrica (187°), Administração (201-250º) e Engenharia Civil (251-300°).
O reitor da Uesc, professor Alessandro Fernandes, destacou o empenho do trabalho de docentes, técnicos e a dedicação dos discentes. "Essa é a primeira avaliação feita na Universidade desde o período em que nós tomamos posse, em 2020. A última avaliação foi em 2019. Os dados revelam que durante esse período nós tivemos avanços significativos, mas também que estamos colhendo o resultado de todo o trabalho construído desde o início da nossa Uesc”.
“O nosso esforço é para consolidar e aprimorar os cursos de graduação presencial para atender às demandas da região, ampliar a oferta de cursos na modalidade EaD, criar propostas de alternativas de ingresso na Uesc, visando facilitar a entrada de novos estudantes e implantar os cursos de Psicologia e Bacharelado em Educação Física. Assim, o nosso desejo é de renovarmos os esforços para continuar sendo bem avaliados, porém, ressalto que o ranking que mais interessa é o reconhecimento pela sociedade do trabalho que fazemos na Universidade Estadual de Santa Cruz”, declarou o reitor.
A Universidades Estadual de Santa Cruz, cujo campus Professor Soane Nazaré de Andrade, em Ilhéus, comemora, 50 anos em 22 de abril 2024, tornou-se uma universidade pública do Estado da Bahia, em 1991, atualmente conta com 7.056 alunos presenciais na graduação.
A Folha avaliou mais de 18 mil cursos presenciais de mais de 40 carreira. Esse levantamento foi realizado em mais de 2.200 instituições, dentre universidades, centros universitários e faculdades. Destes, o RUF examinou 203 universidades públicas e privadas de todo o País. São avaliados cinco aspectos principais, cada um com um peso diferente: pesquisa científica (42%), qualidade do ensino (32%), avaliação do mercado de trabalho (18%), internacionalização (4%) e inovação (4%).
São considerados os critérios de: titulação docente; tempo de dedicação integral; publicações em periódicos nacionais e internacionais; professores especialistas do Ministério da Educação (MEC); e última nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
Na Bahia, o Ranking de Universidades aponta:
Universidade Federal da Bahia (Ufba) — 16º
Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) — 53º
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) — 60º
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) — 80º
Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) — 84º
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) — 96º
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) — 114º
Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob) — 136º
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) — 137º
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) —144º
A edição 2023 do Ranking Universitário Folha (RUF) confirma a superioridade das universidades públicas em relação às privadas no país.

Bahia, Pará e Rondônia disputam título de melhor amêndoa de cacau do Brasil

A quinta edição do “Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil – Sustentabilidade e Qualidade” registrou número recorde de inscrições. Foram 98 amostras oriundas de seis estados, sendo o Amazonas e o Tocantins estreantes na disputa pelo título de melhor amêndoa de cacau do país. Após a primeira fase de avaliação, 20 amostras foram classificadas para as etapas finais da competição. Agora, produtores dos estados do Pará, Bahia e Rondônia buscam a colocação nas categorias varietal (uma única variedade genética de cacau) e mistura (blend de variedades).
O Concurso Nacional de Cacau Especial tem o objetivo de incentivar a melhoria da qualidade e da sustentabilidade na produção de cacau no Brasil, divulgando o fruto a partir dos chocolates especiais e promovendo este segmento junto ao consumidor. Os prêmios desta edição somam R$ 60 mil. O montante será dividido entre primeiro, segundo e terceiro colocados nas duas categorias.
A participação dos estados do Amazonas e do Tocantins nas inscrições deste ano permitiram que o setor tivesse um recorte mais amplo sobre o perfil de qualidade de cacau entre os produtores brasileiros. “Quanto mais estados aderirem ao projeto do Concurso Nacional, mais a gente consegue contribuir com a pauta de colocar o Brasil como referência internacional de cacau de qualidade”, destaca Cristiano Villela, diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC), entidade organizadora do evento, juntamente com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) e Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).
Graças ao arranjo entre CIC e Ceplac na elaboração do Concurso Nacional, este ano três cacauicultores brasileiros figuram entre as 50 melhores amêndoas de cacau do mundo. Os vencedores nacionais da edição nacional passada foram automaticamente classificados para disputar o título de melhor cacau do mundo no Cacao of Excellence Awards, a mais prestigiada competição global de cacau.
Representando o Brasil, Luciano Ramos de Lima, de Ilhéus-BA, Miriam Aparecida Federrici Vieira e Robson Brogni, de Medicilândia-PA, concorrem agora ao prêmio máximo. Os vencedores do certame internacional serão conhecidos em Amsterdã, durante cerimônia que acontecerá em fevereiro no evento Chocoa 2024, na capital holandesa. “Pelo segundo ano consecutivo conseguimos emplacar três brasileiros entre os finalistas mundiais. Isso mostra a importância do Concurso Nacional de Cacau Especial, ressalta a relevância do nosso trabalho, ao mesmo tempo que impulsiona aprimoramentos na qualidade do cacau brasileiro, elevando o Brasil ao patamar internacional como um produtor de cacau de qualidade superior”, analisa Cristiano.
Avaliação
As fases de avaliação do V Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil incluem análise físico-química das amêndoas não-torradas e análise sensorial do cacau em forma de líquor (massa de cacau) feita por um júri técnico dentro do CIC. Por último, um júri externo formado por convidados especiais realiza uma avaliação às cegas do sabor do cacau na forma de chocolate 70%. Entre os avaliadores desta edição estão o empresário Alexandre Costa, da Cacau Show, o chef confeiteiro Lucas Corazza e Marcos Palmeira, ator que volta a protagonizar a telenovela “Renascer”, filmada no sul da Bahia.
Sustentabilidade
O Concurso Nacional de Cacau Especial do Brasil avalia também as condutas de produção dos participantes. Essa avaliação é feita com base no Currículo de Sustentabilidade do Cacau, documento que é referência de sustentabilidade para produtores de cacau, técnicos e instituições na busca pela melhoria contínua da produção atrelada à redução dos impactos negativos oriundos da atividade. No ato de inscrição, os produtores respondem a um questionário sobre produção sustentável e, na etapa final, recebem a visita de auditores em suas propriedades para verificar as informações declaradas. “Os produtores precisam estar atentos ao seu enquadramento nos critérios de sustentabilidade definidos pelo currículo. Precisamos trabalhar a qualidade do nosso cacau, mas mantendo o foco em um modelo de produção sustentável. E, desta forma, contribuir para a melhoria da reputação do cacau brasileiro”, destaca o diretor científico do CIC.
Os vencedores serão anunciados no dia 24 de novembro durante cerimônia realizada em Ilhéus, Sul da Bahia. A premiação é uma iniciativa conjunta da cadeia de cacau, patrocinada pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Mondelēz International - Cocoa Life, Nestlé - Cocoa Plan, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca do Estado do Pará (SEDAP-PA), Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), Cacau Show, Dengo Chocolates, GS1 Brasil, Sistema FAEB/SENAR-BA, Harald Chocolates e Newe Seguros. O Concurso é organizado e executado pelo Centro de Inovação do Cacau (CIC), em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), AIPC e Abicab.
Sobre o CIC
Inaugurado em março de 2017, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) é uma iniciativa do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia que realiza avaliações de amêndoas de cacau e chocolate. Trata-se de um laboratório dedicado para fazer análises físicas, químicas e sensoriais, prestando serviços a produtores de variados portes, além da indústria processadora de cacau.
Conheça os finalistas de cada categoria:
VARIETAL
Agropecuária Sempre Firme (Aurelino Leal-BA) Variedade: BN34
André Luiz Vicente (Nova União-RO) Variedade: CCN51
Angélica Maria Tavares Lima Fernandes (Itabuna-BA) Variedade: Catongo
Deoclides Pires da Silva (Jaru-RO) Variedade: CCN51
José Batista de Souza (Medicilândia-PA) Variedade: Manaus 15
Leomar Silva Vieira (Medicilândia-PA) Variedade: Alvorada 03
Lídia Rosa Santos Souza (Uruará-PA) Variedade: Ponta Verde
Marina Oliveira Paraíso Martins (Ilhéus-BA) Variedade: VB1151
Miriam Aparecida Federicci Vieira (Medicilândia-PA) Variedade: Alvorada 01
Rubens Dario Froes Costa De Jesus (Ibirapitanga-BA) Variedade: PH16
MISTURA
Ademir Venturin (Medicilândia-PA)
Deoclides Pires da Silva (Jaru-RO)
Francisco Pereira Cruz (Novo Repartimento-PA)
Geraldo Lopes da Silva (Cabixi-RO)
Gilmar Batista de Souza (Uruará-PA)
Joao Rios de Sousa (Novo Repartimento-PA)
Lídia Rosa Santos Souza (Uruará-PA)
Odair Jose Alves dos Santos (Novo Repartimento-PA)
Robson Tomaz de Castro Calandrelli (Nova União-RO)
Waldemar Polycarpo da Silva Neto (Ilhéus-BA)

Uesc sobe no ranking entre as melhores universidades do Brasil

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Ilhéus (BA), subiu seis posições no ranking das melhores universidades e centros de ensino superior brasileiros – o Ranking Universitário Folha (RUF), divulgado nesta segunda-feira, dia 13, pelo jornal Folha de São Paulo. A universidade agora está no 53º lugar no ranking nacional (Nota 66,41) e se mantém em segundo lugar na Bahia, atrás apenas da Universidade Federal da Bahia.
Suspenso na pandemia da covid-19, o RUF retorna após quatro anos, na sua nona edição, com uma avaliação inédita de todas as 203 universidades ativas (públicas e privadas) e dos mais de 18 mil cursos presenciais oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda no país. No ranking divulgado em 2019, a Uesc aparecia no 59º lugar, com Nota 62.
A Uesc figura como a primeira colocada entre as universidades estaduais baianas. O Ranking Universitário Folha avalia cinco indicadores: ensino, pesquisa, mercado, inovação e internacionalização.
O reitor da Uesc, professor Alessandro Fernandes, afirmou que recebe “com muita alegria e, ao mesmo tempo, com serenidade, essa avaliação. A Universidade, pela primeira vez, de fato, está sendo avaliada desde o período em que nós tomamos posse, de 2020 para cá, e isso consta que durante esse período nós tivemos avanços significativos, fruto do trabalho de docentes, de técnicos, da dedicação dos discentes, mas lógico que estamos colhendo também resultado de todo o trabalho construído desde o início da nossa universidade.”
“Não tenha dúvida que é gratificante perceber a Uesc como sendo a estadual mais bem avaliada da Bahia, atrás apenas da UFBa, que é uma instituição com maior tempo de criação do que a nossa. Agora, nosso desejo é de renovarmos os esforços para continuar sendo bem avaliados em todos os rankings. Quero destacar que o ranking que mais interessa é o reconhecimento pela sociedade do trabalho que fazemos na Universidade Estadual de Santa Cruz. Certamente, é um momento de felicidade e de reflexão, afinal temos muito por fazer. Aproveito para parabenizar todo o corpo docente, corpo técnico, os discentes, bem como as pessoas que já passaram por aqui e deixaram sua contribuição para que hoje chegássemos a esse nível de ranqueamento”, declarou o reitor.
Por sua vez, a pró-reitora de Graduação, professora Márcia Morel, assinalou que o Ranking Universitário Folha é uma fonte relevante de consulta e referência para estudantes da Educação Básica, possíveis ingressantes no ensino superior, docentes e para o público em geral sobre as universidades de todo o Brasil. “Ter a Uesc como referência na região Nordeste, no Estado à frente das outras UEBAS e, somente atrás da Universidade Federal da Bahia, basicamente reflete que estamos liderando uma longa jornada que começou em 2017 até aqui. É nítido que a UESC não deixou de crescer desde então, mesmo enfrentando dificuldades como o forte contingenciamento, a escassez de investimentos na graduação e o desprovimento da autonomia orçamentária. Entretanto, em cada avaliação realizada, melhorias são agregadas por meio das atividades finalísticas de ensino, pesquisa, extensão e inovação tecnológica, sempre mirando elevar o sarrafo para o salto qualitativo dos cursos e da nossa universidade”, concluiu.